Sequencia didática - Tarsila do Amaral

Sequencia didática - Tarsila do Amaral
SEQUENCIA DIDÁTICA TARSILA DO AMARAL -Releitura - 2010

terça-feira, 10 de julho de 2012

TELA: Sem título - ALFREDO VOLPI

TELA: Barco com bandeirinhas e pássaros - ALFREDO VOLPI

JOGRAL: Poema “Bons amigos”

ESCOLA ESTADUAL ROSALVO RIBEIRO
5º ano A       2010      Professoras Nadja e Marli

Poema “Bons amigos” de Machado de Assis

BONS AMIGOS
(1) Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
(2) Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
(T) Amigo a gente sente!

(1) Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
(2) Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
(T) Amigo a gente entende!

(1) Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
(2) Porque amigo sofre e chora.
(T) Amigo não tem hora pra consolar!

(1) Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
(2) Porque amigo é a direção.
(T) Amigo é a base quando falta o chão!

(1) Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
(2) Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
(T) Ter amigos é a melhor cumplicidade!

(2) Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
(T) Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!

PEÇA TEATRAL: QUEM PODE SER MEU AMIGO?

Escola Estadual Rosalvo Ribeiro

5º ano A            2010                 Professoras Nadja e Marli

 

PERSONAGENS:

·        John
·        Noiva
·        Amigos: três meninos e duas meninas
·        Família: um menino (pai) e duas meninas( mãe e irmã)
·        Rex – cachorro: um menino com máscara de cachorro
·        Narrador(a): menino ou menina

CENÁRIOS:
1-    Festa ( dançando)
2-    Frente da casa de John
3-    Ponto de ônibus (poste)

CENAS: Enquanto a narração se desenvolve as cenas em mímicas são apresentadas.

NARRADOR(A):


Esta história diz que aconteceu na Inglaterra antes da 2ª Guerra Mundial. Um rapaz que vamos chamá-lo de John tinha muitos amigos, uma noiva e um cachorro que vamos chamá-lo de Rex. Todo o dia John saía bem cedinho para o trabalho e era acompanhado por seu cachorro até o ponto de ônibus. Rex ficava com seu dono até a partida do ônibus.
No final, da tarde Rex voltava ao ponto de ônibus esperava John e o acompanhava até a sua casa. Isto ele fazia todos os dias. De manhã o acompanhava até o ponto de ônibus e no final do dia lá estava ele aguardando o seu dono.
Nos finais de semana, John se divertia com os amigos e a noiva, indo a festas, cinemas, lanchonetes e quando chegava à segunda-feira começava a mesma rotina: Rex o acompanhava até o ponto de ônibus o esperava no final da tarde.
Os tempos mudaram, a Inglaterra entrou em guerra. Certo dia, John recebeu um telegrama: teria que ir lutar na guerra defender seu país. Deixou sua família, seus amigos, sua noiva e Rex, seu fiel companheiro e foi para frente de batalha. A guerra mudou a vida das pessoas na Inglaterra, pois todos tinham medo de saírem de casa e serem atingidos por um ataque inimigo. Mas para Rex nada mudou, sua rotina continuava a mesma: ao final da tarde lá estava ele a esperar por seu dono.
De repente a família de John recebeu um triste notícia em um telegrama: John morreu atingido pelo exército inimigo. Quanta tristeza para todos que o amavam: a família, os amigos e sua noiva. E o tempo passou e todos voltaram a sua rotina: os amigos fizeram novas amizades, a noiva conheceu outro rapaz e casou-se, e quanto a Rex? Rex continuou em sua rotina: de manhã ia ao ponto de ônibus, à tarde voltava a esperar seu dono, só saía quando percebia que ele não tinha retornado mais uma vez.


QUESTIONAMENTO:
·        O que aprendemos?
·        Quem são nossos companheiros leais?
·        Sempre são pessoas?
·        Como devemos tratá-los e retribuir sua fidelidade?

sábado, 7 de julho de 2012

TEXTO DE FRUIÇÃO - O par de sapatos

Pierre Gripari

Era uma vez dois sapatos casados, que formavam um par. O sapato direito, que era homem, chamava-se Nicolau; o esquerdo, que era mulher, chamava-se Tina.
Os dois moravam numa caixa de papelão muito bonita, enrolados em papel de seda. Sentiam-se muito felizes e tinha a esperança de que aquilo durasse para sempre.
Mas certa manhã uma vendedora tirou o par de sapatos da caixa, para uma senhora experimentar. A mulher os calçou, deu alguns passos, achou que estavam ótimos e disse:
___ Vou levar esses.
___ Quer que eu embrulhe? Perguntou a vendedora.
___ Não precisa – disse a mulher – vou calçada com eles.
Ela pagou e saiu, com os sapatos novos no pé. Foi assim que Nicolau e Tina andaram um dia inteiro sem se verem. Só foram se encontrar à noite, dentro de um armário escuro.
___ É você Tina?
___ Sou eu, sim, Nicolau.
___ Ah, que felicidades! Pensei que tivesse perdido você!
___ Eu também. Mas onde você estava?
___ Eu? No pé direito.
___ Agora eu estou entendendo. Sempre que você estava na frente, eu estava atrás, e quando você estava atrás eu estava na frente. Por isso a gente não conseguia se ver.
___ E vai ser essa vida todos os dias? – Perguntou Tina.
___ Acho que sim!
___ Mas que horrível! Ficar o dia inteiro sem você, meu amor! Não vou me acostumar nunca, Nicolau!
___ Tive uma ideia – Disse Nicolau. _ Já que eu estou sempre à direita e você sempre à esquerda, quando eu for para frente vou me desviar um pouquinho para seu lado. Assim a gente se vê. Combinado?
___ Combinado!
E assim fez Nicolau. No dia seguinte a dona dos sapatos não conseguia dar três passos sem que o pé direito se enrolasse, e plaf! Lá ia ela para o chão.
Naquele mesmo dia ela foi consultar o médico, muito preocupada.
___ Doutor, não sei o que tenho. Fico toda hora tropeçando em mim mesma.
___ Tropeçando na senhora mesma?
___ Isso mesmo doutor! A cada passo, meu pé direito se enrosca no me salto esquerdo e eu tombo!
___ Isso é muito grave – disse o médico. – Se continuar assim, vamos ter que cortar seu pé direito. Aqui está a receita: são dez mil francos de remédio. A senhora me deve dois mil francos de consulta, e volte amanhã.
Aquela noite, dentro do armário, a Tina perguntou ao Nicolau:
___ Você ouviu o que o médico disse?
___ Ouvi, sim.
___ Que horror! Se cortarem o pé direito da mulher, ela vai jogar você no lixo e nós vamos ficar separados para sempre! Temos que fazer alguma coisa!
___ Mas o quê?
___ Tive uma ideia: já que eu fico à esquerda, amanhã sou eu que vou desviar um pouco para a direita cada vez que der um passo à frente. Combinado?
E assim fez a Tina. Então durante todo o segundo dia, o pé esquerdo é que se enroscava toda hora no salto direito e plaf! A coitada da mulher ia para o chão. Cada vez mais preocupada, ela voltou ao médico.
___ Doutor, estou cada vez pior. Agora é o pé esquerdo que se enrosca no salto direito.
___ Cada vez mais grave – disse o médico. _ Se continuar assim, vamos ter que cortar os dois pés! Aqui está mais uma receita. São vinte francos de remédio. A senhora me deve mil francos de consulta, e não se esqueça de voltar amanhã.
Aquela noite Nicolau perguntou a Tina:
___ Você ouviu?
___ Ouvi.
___ E se cortaremos dois pés da mulher, o que será de nós?
___ Não quero nem pensa!
___ Mas eu te amo, Tina!
___ Eu também te amo, Nicolau!
___ Não quero me separar de você, nunca!
___ Eu também não, nunca!
Estavam ali, conversando no escuro, sem saber que a dona deles estava andando no corredor de lá para cá, de chinelo, sem conseguir dormir, por causa do que o médico tinha dito. Ao passar pela porta do armário ela ouviu tudo e, como era muito inteligente, entendeu tudo.
___ Então é isso – pensou a mulher. – Não estou doente. Meus sapatos é que se amam! Que coisa linda!
Ela jogou no lixo os trinta mil francos de remédio que tinha comprado e, no dia seguinte, disse a faxineira:
___ Está vendo este par de sapatos? Não vou mais usá-los, mas quero que fique com ele. Quero que os dois pés estejam sempre bem limpos, engraxados e lustrosos. E lembre-se de uma coisa: nunca separe um do outro!
Assim que ficou sozinha, a faxineira pensou:
___ A patroa está louca! Guardar esses sapatos sem usar! Daqui uns quinze dias, quando ela tiver esquecido, vou pegá-los pra mim!
Quinze dias depois, ela pegou os sapatos e os calço, mas logo começou a tropeçar. Um dia, na escada, quando ela estava descendo com a lata de lixo, Nicolau e Tina resolveram se beijar e badabum! Vlang! Bong! A faxineira caiu sentada, com um monte de lixo na cabeça e uma casca de batata pendurada na testa, como se fosse um cacho de cabelo.
___ Esses sapatos são mágicos – ela pensou. – Não vou mais calçá-los. Vou dá-los para minha sobrinha, que é manca!
E foi o que ela fez. A sobrinha, que era manca mesma, passava o dia todo sentada, com os pés juntos. Quando por acaso andava um pouco, era devagar que nem dava pra tropeçar. Os sapatos estavam felizes porque, mesmo durante o dia, ficam quase sempre um ao lado do outro.
Essa situação durou um bom tempo. Infelizmente, como a sobrinha era manca, gastava mis um pé de sapato o que o outro.
Uma noite, a Tina disse ao Nicolau:
___ Estou sentindo que a minha sola está ficando fininha, logo vou furar!
___ Não faça isso! – disse Nicolau. _ Se jogarem a gente fora, vamos ficar separados outra vez!
___ Eu sei. –disse Tina. _ Mas o que você quer que eu faça? Não posso impedir de envelhecer!
De fato, oito dias depois a sola de Tina furou. A manca comprou um par de sapatos novos e jogou Tina e Nicolau na lata de lixo.
___ O que vai ser de nós? – perguntou Nicolau.
___ Não sei. _ disse Tina. - Eu só queria ter certeza de que nunca vou ficar sem você!
___ Chegue mais perto - falou Nicolau – e segure o meu cordão com o seu. Assim a gente fica junto.
Assim foi. Foram juntos para a lata de lixo, foram juntos para o caminhão de lixo e foram juntos, até o dia em que foram encontrados por um menino e uma menina.
___ Olha só! Esses sapatos! Estão de braço dado!
___ É que eles são casados – disse a menina.
___ Bom, já que eles são casados, vão fazer a viagem e lua de mel!
O menino pegou os sapatos e pregou um ao lado do outro, numa tábua. Depois pôs a tábua no rio e ela foi descendo, carregada pela natureza. Enquanto ela ia se afastando, a menina acenava com o lenço e gritava:
___Adeus, sapatos, e boa viagem!
Foi assim que Nicolau e Tina, que não esperava mais nada da vida. Tiveram uma viagem linda de lua de mel.

Contos da Rua Brocá – Editora Martins Fontes.



TEXTOS PARA SEGMENTAÇÃO DE PALAVRAS

CANTIGADERODA
OCRAVOBRIGOUCOMAROSA
DEBAIXODEUMASACADA.
OCRAVOSAIUFERIDO
EAROSADESPEDAÇADA.
OCRAVOFICOUDOENTE
AROSAFOIVISITAR.
OCRAVOTEVEUMDESMAIO
EAROSAPÔS-SEACHORAR.

CANTIGADERODA

AIBOTAAQUI,AIBOTAAQUI
OTEUPEZINHO
OTEUPEZINHOBEMJUNTINHO
COMOMEU
EDEPOISNÃOVÁDIZER
     QUEVOCÊJÁMEESQUECEU

 

CANTIGADERODA


ACANOAVIROU
PORDEIXÁ-LAVIRAR
FOIPORCAUSADOPEDRINHO
QUENÃOSOUBEBERRAR.
SEEUFOSSEUMPEIXINHO
ESOUBESSENADAR,
EUTIRAVAOPEDRINHO
DOFUNDODOMAR

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CANTIGADERODA


ATIREIOPAUNOGATO
MASOGATONÃOMORREU
DONACHICAADMIROU-SE
DOBERRO,DOBERROQUEOGATODEUMIAU.

CANÇÃODERODAPOPULAR

 

SEESTARUAFOSSEMINHA

SEESTARUA,SEESTARUAFOSSEMINHA,
EUMANDAVA,EUMANDAVALADRILHAR,
COMPEDRINHAS,COMPEDRINHASDEBRILHANTES,
SÓPROMEU,SÓPROMEUAMORPASSAR.

SEESTARUA,SEESTARUAFOSSEMINHA,
EUMANDAVA,EUMANDAVAILUMINAR,
COMALUZ,COMALUZQUEEUROUBARIA,
DEUMANOITE,DEUMANOITEDELUAR.

SEEUROUBEI,SEEUROUBEITEUCORAÇÃO,
ÉPORQUE,ÉPORQUEROUBASTEOMEU.
SEEUROUBEI,SEEUROUBEITEUCORAÇÃO,
    ÉPORQUE,ÉPORQUETEQUEROBEM
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CANTIGADERODA

 

CIRANDACIRANDINHA

CIRANDACIRANDINHA
VAMOSTODOSCIRANDAR
VAMOSDARAMEIA-VOLTA
VOLTAEMEIAVAMOSDAR

OANELQUETUMEDESTE
ERAVIDROESEQUEBROU
OAMORQUETUMETINHAS
ERAPOUCOESEACABOU
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POEMA

CHATICE

JACARÉ,
LARGADOMEUPÉ,
DEIXADESERCHATO!
SEVOCÊTEMFOME,
ENTÃOVÊSECOME
SÓOMEUSAPATO,
LARGADOMEUPÉ
EVOLTAPROSEUMATO
JACARÉ!

JOSÉPAULOPAES