Escola Municipal Dom Miguel Fenelon
Câmara
1º ANO “A” e “B” - 2014
PROFESSORAS: Marli
Santana e Silvania Maria Galdino
JOGO
TRAVESSIA DO RIO
OBJETIVOS:
Utilizar estratégias de
cálculo mental e estimativa.
Associar a denominação
do número a sua respectiva representação simbólica.
PROCEDIMENTOS:
Leitura
compartilhada: “E o dente ainda doía” de Ana Terra.
Apresentação do jogo.
Apresentação e leitura
das regras do jogo (Jogos na Alfabetização Matemática, pg. 41)
Distribuição do
material e realização do jogo em duplas.
Socialização dos
resultados:
Todos conseguiram
atravessar?
Foi fácil atravessar
todos os números? Por quê?
Quem colocou a ficha no
nº 1? Conseguiu atravessar? Por quê?
Qual a melhor forma de
distribuir as fichas no tabuleiro? Ocupando todas as casas ou apenas algumas?
Por quê?
DIREITOS DE APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA
CONTEMPLADOS
Utilizar diferentes
estratégias para quantificar e comunicar quantidades de elementos de uma
coleção, utilizando a linguagem oral,... Nas brincadeiras em situações nas quais
as crianças reconheçam sua necessidade: contagem oral, pareamento, estimativa e
correspondência de agrupamento.
Associar a denominação
do número a sua respectiva representação simbólica.
RELATO SOBRE O JOGO TRAVESSIA DO RIO
1º ano A – Profª Marli
e 1º ano B - Profª Silvania
Cada turma é composta
de 14 alunos dividida em quatro mesas.
No dia que a turma A
realizou a atividade estava com 10 alunos. Foram organizadas as duplas e cada
dupla recebeu as orientações. Os alunos estavam com grande expectativa.
A primeira situação a notar era que não era
viável usar um copo com tampa contendo os dois dados, pois, os alunos tinham a
necessidade de tocar em cada pontinho para fazer a soma. Percebe-se que o
concreto está bem presente em todos os alunos. A segunda situação era que uma
dupla buscava uma estratégia diferente,ou seja, observava onde eram colocadas
as fichas do adversário e colocavam diferentes, como se isto dificultasse o
jogo do outro.
Apenas um aluno não
preencheu a casa um na primeira rodada do jogo, porém percebe-se que foi por
acaso. È interessante relatar que a primeira dupla a “terminar” o jogo, uma das
participantes disse:
___Tia, eu já ganhei.
Quando olhei as duas
alunas tinham atravessado todas as suas para o outro lado do rio, mas continuavam
com fichas na casa 1. Nisto perguntei:
___ E estas na casa um?
___ Ah, é só um
restinho!! – falou balançando uma das mãos.
___ Vamos continuar o
jogo? Por que será que vocês não acertaram a casa um? Vejam para acertar a casa
2 como os dados ficaram?
Elas colocaram dados
posicionados: 1+1.
Neste momento chega a
Silvania na sala e observa a situação e pergunta:
___ Então, o que deve
fazer para chegar o 1?
___ Só se ficar um
dado, um para mim e outro para ela.
___ Mas assim, não
pode. Vocês têm que pensar mais um pouco.
Logo depois começou o
recreio. Ao retornarmos do recreio retomamos coletivamente uma vez que todos
estavam na mesma situação. E daí chegaram a conclusão que se poderia fechar o
jogo com a organização das fichas no início sem preencher a casa 1.
Fizemos coletivamente
as regras do jogo, tendo a professora como copista e os alunos registraram no
caderno. Combinamos em outro dia jogarmos novamente.
No dia em que a turma B
realizou o jogo estavam presentes 12 alunos. Primeiramente o jogo foi apresentado
na roda a toda turma com suas respectivas regras, em seguida foram organizadas
as duplas e cada dupla recebeu as orientações. Os alunos estavam ansiosos para
começar a jogar.
Todos os alunos
distribuíram as fichas em todas as casas.
No desenvolvimento do
jogo foi possível observar que os alunos não percebem a sequência numérica,
pois procuravam o resultado sem observar a ordem no tabuleiro; não percebiam
que cada resultado só poderia ser atravessado uma única vez se só tivesse uma
ficha no número, pois ficavam procurando a ficha do número que já tinha sido
atravessado.
Quando só ficou ficha
na casa 1, cada grupo reagiu de uma forma diferente:
Um grupo colocou todas
as fichas de volta as casas para reiniciar o jogo achando que já tinha
terminado. Quando questionei o porquê eles falaram que não dava para sair o
número 1 só se cada dupla ficasse com um dado. Retomei a regra da distribuição
das cartas e eles sugeriram jogar novamente sem colocar fichas no número 1.
(este grupo conseguiu concluir a segunda rodada)
No segundo grupo, uma
dupla tirou 1 em um dado e 4 no outro, imediatamente escondeu o dado em que
tinha tirado o quatro e deixou o outro para poder atravessar. Então, retomei a
regra da distribuição das cartas e sugeri que recomeçassem, eles fizeram, mas
não conseguiram concluir.
No terceiro grupo, na
mesma situação de atravessar a ficha da casa 1, um aluno perguntou: “só pode
ser 1 a 1 é?”. Então peguei os dois dados e coloquei a quantidade 1 nos dois e
perguntei quanto ficava, eles disseram que era 2 e então não podia atravessar.
Mais uma vez retomei a regra de distribuição das cartas para que eles pudessem
jogar novamente. Este grupo também não conseguiu concluir.
É uma turma muito
inquieta com um tempo de concentração muito curto acredito que este pode ter
sido um dos motivos pelos quais eles não conseguiram concluir o jogo, eles
perdem o interesse muito rápido pelas atividades e este jogo exige mais tempo
do que eles conseguem se concentrar nesse momento.