Sequencia didática - Tarsila do Amaral

Sequencia didática - Tarsila do Amaral
SEQUENCIA DIDÁTICA TARSILA DO AMARAL -Releitura - 2010

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Projeto Pedagógico Romero Britto

ESCOLA MUNICIPAL DOM MIGUEL FENELON CÂMARA

PROJETO ROMERO BRITTO


4º ANO B                2011

PROFESSORA MARLI



JUSTIFICATIVA
A Arte está inserida no currículo escolar como área de conhecimento como declara a LDB nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, a qual determina o Art. 26: § 2º. O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural  dos alunos.
Neste contexto, este projeto surge como conseqüência das atividades pedagógicas realizadas pela professora organizadora deste trabalho na área da Arte desta unidade escolar, dos Projetos Pintura Abstrata e Pintura Figurativa, Projeto Tarsila do Amaral e Projeto Cândido Portinari.
Por outro lado, Romero Britto foi escolhido como tema deste trabalho pedagógico por ser uma artista  plástico brasileiro, contemporâneo e natural de Pernambuco, um estado vizinho ao nosso, permitindo assim uma situação concreta maior ao nosso alunado. Além desses aspectos, os temas, as formas geométricas e as cores exploradas por este artista plástico em suas peças proporcionam um conjunto de aspectos alegres do cotidiano, o que proporcionam um atrativo para o nosso público. Além do mais, Britto trabalha com esculturas, conduzindo uma aprendizagem pedagógica desta vertente da Arte.
Somando a estes aspectos a biografia deste artista possibilita uma reflexão para os alunos no que se refere à realidade social que estão inseridos comparando com a de Romero Britto em sua infância. Pois o mesmo procurava reverter sua realidade com a Arte através da criatividade com as cores e a educação. “... na condição de criança pobre no Brasil, tive contato com o lado mais sombrio da humanidade. passei a pintar para trazer luz e cor para minha vida... Criar era um refúgio: eu pintava um mundo colorido, diferente do meu.”

Também em suas produções são abordados valores éticos como amizade, companheirismo entre pessoas e animais, solidariedade com o ecossistema, satisfação no meio familiar e educacional, entre outros, os quais devem ser incentivados e/ou reforçados em nossa sociedade.
Será desenvolvido neste trabalho didático uma releitura das obras deste artista plástico com argila fazendo referência a outro artista nordestino Mestre Vitalino. Neste sentido, possibilita aos alunos a contemplação de outra vertente ao expressar um novo olhar sobre o mundo por meio da Arte.
Desta forma, este projeto proporciona em seu contexto, não apenas a percepção de umas das áreas do conhecimento, a saber, a Arte, mas o desenvolvimento de valores estéticos e éticos a serem contemplados na sociedade. E além desses fatores, a valorização da auto-estima do nosso alunado de suas aptidões e o incentivo a reversão de sua realidade por meio de sua criatividade, empenho aos estudos e ao trabalho ao longo de sua vida.

PÚBLICO ALVO:     

         Trinta alunos do 4º ano B.

OBJETIVO GERAL

Desenvolver a sensibilidade e criatividade ao perceber o mundo que o rodeia e transportá-las em suas peças artísticas ou de outro.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

ü  Comparar a realidade social de nossos dias com a da infância de Romero Britto e perceber que há possibilidade de alterar este quadro.
ü  Identificar a intencionalidade do artista ao relacionar o nome dado e a própria produção artística.
ü  Localizar os destaques dados as cores primárias e secundárias utilizadas por Romero Britto em suas obras.
ü  Perceber a Arte tanto como expressão na pintura em telas quanto à produção de peças tridimensionais (esculturas).
ü  Notar os valores éticos abordados nas obras trabalhadas e perceber que são importantes na convivência dos seres humanos em sociedade.
ü  Aperfeiçoar a coordenação motora fina por meio das produções deste projeto.
ü  Conhecer a biografia e a Arte de Mestre Vitalino.
ü  Estimular a produção de escultura como uma releitura de uma das obras trabalhadas.


ÁREAS DO CONHECIMENTO:
ü  Arte
ü  Língua Portuguesa
ü  Matemática                                       
ü  Sociedade e Cultura
ü  Ética
ü  Pluralidade Cultural

METODOLOGIA
Este projeto pedagógico será desenvolvido por meios de texto informativo, projeção de slides, exposição das cópias das produções de Romero Britto, releituras por meio de pinturas e esculturas de algumas peças trabalhadas, socialização e discussão em cada fase do projeto, entre outros.

AVALIAÇÃO
Será somativa e formativa diante das áreas do conhecimento abordadas neste trabalho pedagógico, bem como pela participação individual ou coletiva do aluno, a criatividade, o respeito às diferenças e diversidades durante todo o processo de aprendizagem

TEMPO PREVISTO
Dois meses com duas aulas semanais.      

CULMINÂNCIA
Socialização das atividades produzidas pelos alunos para a família e comunidade escolar.                                  

ATIVIDADES PROGRAMADAS

1º DIA: Biografia de Romero Britto. Leitura coletiva e discussão dos pontos principais tais como: infância pobre, pintura alegre com refúgio da realidade, estudo como aperfeiçoamento de sua expressão artística, entre outros.

2º DIA: Projeção de slides de alguns trabalhos do artista plástico.

3º DIA: Releitura da tela Abaporu by Britto. Retomada da tela Abaporu de Tarsila do Amaral. Compreensão o que é releitura. Perceber as semelhanças e diferenças das duas telas. Produção individual com recortes de revistas. Socialização.

4º DIA: Análise coletiva das telas Abaporu by Britto e a tela Abaporu de Tarsila do Amaral – revisão. Análise escrita (questionário). Trabalho individual.

5º DIA: Tela Amizade. Discussão sobre a importância do valor humano Amizade e quais demonstrações de amizade é comum em nossa sociedade. Que imagens Romero Britto utiliza para demonstrar amizade? Releitura. Produção individual.

6º DIA: Tela Maternidade. O que é maternidade? Quais os sinais deste aspecto apresentam esta produção artística? Releitura. Produção individual.

7º DIA: Telas: Peixe-menino e Peixe-menina. O que o artista queria demonstrar nestas telas? Quais os sinais nas telas que indicavam o gênero? Quais as cores escolhidas? Releitura. Produção em dupla.

8º DIA: Tela Peixe. Releitura a partir de um quebra-cabeça. Pintura com lápis de cor ou giz de cera. Confecção de envelope para as peças do quebra-cabeça. Trabalho individual.

9º DIA: Recorte das peças após colagem em cartolina guache. Trabalho individual.

10º DIA: Tela: Cachorro. Questionamento das escolhas de Britto quanto: às cores, o animal, as expressões destacadas, o convívio social com os animais de estimação, entre outros. Releitura com pintura e colagem com papéis coloridos. Trabalho individual.

11º DIA: Projeção de slides em Data show. Identificação das esculturas e pinturas do artista trabalhado. Semelhanças e diferenças. Atividade de recorte e colagem selecionando as duas categorias trabalhadas na aula.

12º DIA: Tela: A árvore da família Atlântica. Análise coletiva sobre os valores afetivos abordados pela tela. Análise escrita (questionário) e releitura com lápis de cor ou giz cera. Trabalho individual.

13º DIA: Leitura compartilhada do livro infantil Mestre Vitalino. Assistir o documentário Mestre Vitalino. Destaque da intencionalidade do artista nordestino ao retratar seu povo. Semelhanças e diferenças da obra de Mestre Vitalino com a de Romero Britto. Discussão dos pontos mais interessantes para os alunos e professora (materiais, técnicas, discípulos e suas variações artísticas, entre outros). Produção textual dos aspectos importantes do DVD. Trabalho individual.

14º DIA: Releitura com argila de uma das peças de Romero Britto trabalhadas neste projeto. Trabalho individual. Socialização.

15º DIA: Pintura das peças produzidas em argila. Trabalho individual. Socialização.

16º DIA: Exposição dos trabalhos desenvolvidos neste projeto para a família e comunidade escolar.



terça-feira, 2 de agosto de 2011

Projeto Pedagógico Fábulas

ESCOLA MUNICIPAL DOM MIGUEL FENELON CÂMARA


PROJETO DIDÁTICO

FÁBULAS


4º ANO B – 2011

PROFESSORA MARLI


JUSTIFICATIVA

As fábulas são expressões culturais transmitidas oralmente em seu início de geração em geração e posteriormente de forma impressa. Tem com características ser um texto curto, com personagens tais como animais ou seres inanimados com atitudes de seres humanos, geralmente atitudes negativas diante de uma sociedade. Dessa forma, procura transmitir valores positivos por concluir com uma “lição de moral”. Os mais famosos autores de fábulas são Esopo (Grécia, 600 a.C) e La Fontaine (França, século 18). No Brasil, temos Monteiro Lobato (século 20), o qual reescreveu muitas delas e também nos dias atuais o mesmo foi realizado por Millor Fernandes.
Este trabalho didático surge diante da necessidade de situações pedagógicas que favoreçam o avanço do aluno sobre um objeto do conhecimento, no caso, em sua aprendizagem no que se refere  à leitura e a escrita. Somando a estes fatores, surge à proposta da Coordenação desta escola a utilizar como mecanismo deste  trabalho pedagógico, o gênero textual, fábula.
Diante deste contexto, é possível neste processo de aprendizagem ampliar as possibilidades dos alunos quanto à leitura e a escrita, avançar na apropriação da língua culta e  das características próprias deste gênero textual, e bem como a reflexão de valores éticos a serem aplicados em seu meio.


PÚBLICO ALVO:
 Alunos do 4º ano B – 2011

OBJETIVO GERAL:
Possibilitar o desenvolvimento cognitivo quanto à apropriação da leitura e da escrita e dos valores éticos esperados em uma sociedade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
·         Aumentar o repertório vocabular.
·         Apropriar-se da linguagem quanto à leitura e escrita.
·         Refletir sobre os benefícios ou malefícios das atitudes morais tomadas sobre si mesmo ou sobre outros.
·         Identificar no texto (semântica – substantivo comum, próprio, adjetivo)
·         Segmentar palavras, frases ou parágrafos de algumas fábulas.
·         Perceber as características próprias de um texto narrativo.
·         Utilizar a pontuação necessária para um texto narrativo.
·         Ler com fluência em voz alta (individualmente ou em jogral)
·         Localizar o início, problematização, desenvolvimento e desfecho da fábula.
·         Perceber quais os elementos textuais necessários para produzir uma fábula.
·         Produzir e ilustrar uma fábula em dupla.

ÁREAS DO CONHECIMENTO
  • Língua Portuguesa
  • Literatura
  • Ética
  • Cidadania
  • Sociedade e Cultura

AVALIAÇÃO
Será somativa e processual por meio de atividades individuais, em dupla e em grupo, nas discussões, participação e envolvimento do aluno por todo o processo de aprendizagem.

TEMPO PREVISTO
Dois meses. Tendo como meta trabalhar duas atividades deste projeto por semana.

CULMINÂNCIA
Produção de um livro de fábulas ilustradas a partir de um trabalho final em dupla.

ATIVIDADES

1º DIA - Texto informativo: Quem foi Esopo? Contexto histórico. Leitura individual e compartilhada. Interpretação oral. Levantamento de hipóteses das fábulas conhecidas e suas características textuais.

2º DIA -  Fábula: O leão e o ratinho. Leitura individual. Interpretação oral. Análise de sua moral. Leitura em jogral.

3º DIA  Fábula: A galinha dos ovos de ouro. Leitura individual. Interpretação oral. Análise de sua moral. Leitura em jogral. Identificação das três partes que dividem a fábula (início, meio e final). Desenho e escrita dos três estágios. Trabalho individual.

4º DIA – Fábula: A formiguinha e a pomba. Leitura individual. Interpretação oral. Análise de sua moral. Leitura avaliativa. Identificação dos substantivos comuns na fábula. Socialização.

5º DIA – Fábula: O cão e o osso. Leitura individual. Interpretação oral. Análise de sua moral. Leitura em jogral. Circular na fábula os substantivos comuns. Desenho e escrita do início, meio e fim da fábula. Trabalho individual.

6º DIA – Fábula: O galo e a raposa. Leitura individual. Interpretação oral. Análise de sua moral. Circular na fábula os substantivos comuns. Reconto oral.

7º DIA – Fábula: A formiga e a pomba. 2º versão. Leitura individual. Interpretação oral. Análise de sua moral. Discussão das semelhanças e diferenças da outra versão estudada. Segmentação das palavras.

8º DIA – Fábula: A cigarra e a formiga. Leitura individual. Interpretação oral. Análise de sua moral. Texto fatiado. Segmentação de parágrafos. Trabalho individual.

9º DIA – Fábula: A onça e o bode. Leitura individual. Interpretação oral. Análise de sua moral. Identificação de um texto narrativo (narrador, personagens, início, meio, problema, fim solução). Pontuação ( dois pontos, parágrafo e travessão). Identificação com lápis de cor.

10º DIA – Reescrita da Fábula A onça e o bode. Trabalho individual.

11º DIA – Fábula: Formiguinha e a neve. Leitura compartilhada pela professora - 1º versão: adaptação de João de Barro (Braguinha). Fábula: A formiga e a neve. (2º versão) Texto para o aluno. Leitura individual. Interpretação oral. Identificação das semelhanças e diferenças. Análise de sua moral. Identificação dos substantivos comuns e adjetivos com lápis de cor. Associar as características morais dos personagens como adjetivos. Socialização.

12º DIA - Fábula: A lebre e a tartaruga. Leitura individual. Interpretação oral. Análise de sua moral. Reconto oral. Dramatização. Trabalho em grupo.

13º DIA - Fábula: A lebre e a tartaruga (continuação). Localizar com lápis de cor os substantivos comuns e adjetivos. Reescrita da fábula. Trabalho individual.

14º DIA -  Análise de alguns provérbios populares escritos em papel 40 kg. Revisão e escrita coletiva das características morais de cada personagem trabalhado. Revisão oral das características textuais de uma fábula. Produção de uma fábula tendo em mente as características morais dos personagens e interligando com um provérbio popular escolhido pela dupla. Trabalho em dupla.

15º DIA - Revisão coletiva de uma das produções. Foco: pontuação ( parágrafo, letra maiúscula, dois pontos, travessão). Desenho das ilustrações das produções. Trabalho em dupla.

16º DIA - Revisão coletiva de uma das produções. Foco: pontuação ( parágrafo, letra maiúscula, dois pontos, travessão). Continuação do desenho das ilustrações das produções. Trabalho em dupla. Socialização dos trabalhos. Produção do livro de Fábulas da turma.


Peça teatral - Literatura de Cordel - O VAQUEIRO QUE NÃO SABIA MENTIR

Escola Estadual Rosalvo Ribeiro
5º ano A         2011       Professoras Marli e Nadja

Projeto Folclore (Literatura de Cordel)

Peça: O vaqueiro que não sabia mentir

PERSONAGENS
Fazendeiro 1 - Pedro ( muito rico e orgulhoso)
Fazendeiro 2 - Antônio ( mal e invejoso)
Vaqueiro do fazendeiro 1 - Sebastião ( confiável, não sabia mentir)
Filha do fazendeiro 2 - Marina ( sensível e bonita)
Boi Barroso ( forte, bonito e valioso)

CENÁRIOS
Fazenda 1
Fazenda 2
Pasto

Narrador (a)
Era uma vez um fazendeiro muito rico chamado Pedro que tinha dois orgulhos: seu boi Barroso – o maior, o mais forte, o mais bonito, o animal mais valioso da região. O outro era seu vaqueiro que não sabia mentir. Ele confiava tanto neste vaqueiro que o deixava tomando conta de seu boi Barroso. E assim falava a todos de seus dois orgulhos.

FAZENDA 1 - Um dia, o fazendeiro vizinho de nome Antônio, um sujeito muito malvado e invejoso foi visitar Pedro. Fez uma aposta de um saco cheio de dinheiro que o vaqueiro Sebastião iria contar uma grande mentira. Pedro aceitou a aposta.

FAZENDA 2 - Mas Antônio tinha uma idéia na cabeça. Chamou sua filha Marina que era uma flor de tão linda. Contou o seu plano. A moça não aceitou. Mas o fazendeiro era mau e de tanto insistir e maltratar a filha que não houve jeito: Marina teve que participar do plano do pai.

PASTO –
1º DIA: Um dia Sebastião estava no pasto com o boi Barroso e apareceu marina toda faceira, cheirosa com um vestido de flores do campo. O vaqueiro achou a moça muito bonita e os dois conversaram.

2º DIA: Passou o tempo. A moça apareceu de novo com um vestido de conchas do mar. Os dois conversaram e se abraçaram.

3º DIA: Passou o tempo. A moça apareceu de novo, veio toda cheirosa usando um vestido com estrelas do céu. O vaqueiro achou Marina à moça mais linda do que tudo. O vaqueiro estava apaixonado pela moça. Naquele dia os dois namoraram o dia inteiro. Na despedida  marina pediu uma prova de amor: a morte do boi Barroso. Sebastião disse que ela pedisse tudo menos isto. Mas a moça só queria saber da morte do boi como prova de amor. O moço examinou a moça e balançou a cabeça. Depois, puxou a peixeira da cinta e matou o boi Barroso ali mesmo. A moça foi embora.

FAZENDA 2 – Marina chegou a casa chorando. Contou tudo ao pai. O malvado caiu na gargalhada.

FAZENDA 1 – No dia seguinte Antônio foi visitar Pedro pedindo o saco de dinheiro da aposta. Sem entender Pedro mandou chamar Sebastião. O moço veio de cabeça baixa e chapéu na mão. O fazendeiro malvado só ria e pensou que dessa vez o vaqueiro ia mentir. Mas Sebastião puxando uma viola cantou:



Eu estava no meu canto
Uma flor saiu do chão
Cresceu e fez um pedido
Que rasgou meu coração

Pediu que eu matasse o boi
Aquele fabuloso
Aquele bicho jeitoso
O famoso boi Barroso

Eu disse que não podia
E ela disse que queria
Eu disse que não devia
Ela fez que não me ouvia

E disse mais, meu senhor,
Veio pra perto e falou
Queria sentir firmeza
Certeza do meu amor

Eu amava de verdade,
Sentia amor pra valer
Mas se amor é invisível
O que eu posso fazer?
Pra provar que ele existia
Mostrar que tamanho tinha
Cometi uma maldade
Foi crime, foi culpa minha

Eu matei o boi Barroso
Aquele boi amoroso
Aquele bicho manhoso
Aquele boi precioso

Fiz loucura àquela hora
Por estar apaixonado
Se errei, eu pago agora
Mereço ser castigado.

O dono do boi ficou louco da vida. O vizinho ficou de queixo caído porque o vaqueiro não mentiu. Foi quando surgiu a moça. Veio toda cheirosa, usando vestido branco. Disse que estava arrependida. Chorou e contou a verdade. Disse que tinha feito tudo obrigada pelo pai. Ao ouvir isso, o vaqueiro ficou tristonho. Mas a moça continuou. Disse que agora estava apaixonada e queria casar com ele. O fazendeiro malvado pagou a aposta e foi expulso da fazenda, prometendo deixar a sua filha casa com o vaqueiro. Pedro perdoou Sebastião por matar o boi Barroso e deu de presente de casamento o saco de dinheiro ganho na aposta.


Bibliografia: Azevedo, Ricardo. Bazar do Folclore: tradição popular. São Paulo: Ática, 2001. P.47 – 49.