Sequencia didática - Tarsila do Amaral

Sequencia didática - Tarsila do Amaral
SEQUENCIA DIDÁTICA TARSILA DO AMARAL -Releitura - 2010

sábado, 21 de março de 2015

Poema: O nome da gente - Pedro Bandeira

O NOME DA GENTE

PEDRO BANDEIRA


POR QUE É QUE EU ME CHAMO ISSO
E NÃO ME CHAMO AQUILO?
POR QUE É QUE O JACARÉ
NÃO SE CHAMA CROCODILO?

EU NÃO GOSTO
DO MEU NOME,
NÃO FUI EU
QUEM ESCOLHEU.
EU NÃO SEI
PORQUE SE METEM
COM O NOME
QUE É SÓ MEU!

O NENÊ
QUE VAI NASCER
VAI CHAMAR
COMO O PADRINHO,
VAI CHAMAR
COMO O VOVÔ,
MAS NINGUÉM
VAI PERGUNTAR
O QUE PENSA
O COITADINHO.

__ FOI MEU PAI QUE DECIDIU
QUE O MEU NOME FOSSE AQUELE
ISSO SÓ SERIA JUSTO
SE EU ESCOLHESSE
O NOME DELE.

QUANDO EU TIVER UM FILHO,
NÃO VOU PÔR NOME NENHUM.
QUANDO ELE FOR BEM GRANDE,

                                  ELE QUE PROCURE UM!

Leitura deleite: VIDA DE PAPEL


 VIDA DE PAPEL

                                                                                              Rosana Skronski

Estava sossegado no meu canto, quando o homem me abriu e me encheu de pipocas. Sem a menor cerimônia, uma mulher me pegou e foi me levando.
Ela comia as pipocas com olhos, boca e dentes de muita fome.
Quando acabou, meteu a boca dentro de mim, soprou um grande sopro e eu comecei a estufar,  estufar, estufar, estufar e... Bum!!!!!!!!!!!!! Tudo chacoalhou!!!!!!!!Um terremoto?
Não  era, não! A rua continuava no mesmo lugar, com as pessoas apressadas, as buzinas tocando... Tudo nervoso, mas normal.
A mulher deu uma gargalhada e sem mais nem menos me deixou cair ali, no meio da rua!
Mal tinha me levantado, quando veio um carro a toda velocidade pra cima de mim! Só me livrei daquele amasso  achatante,  porque uma ventania me empurrou pra calçada.
Vi um guri esquisito vindo pro meu lado.
Ele começou a me chutar, sem a menor consideração. Logo eu, que não tinha feito nada! Fui rolando rua abaixo até que ele resolveu seguir em frente, sozinho. Foi embora sem nem dizer um “muito obrigado” ou “desculpe o mal jeito”.
Fui, assim, me desviando dos pés que ameaçavam me pisar, sem rumo nem destino, quando uma coisa peluda se aproximou. Foi me arrastando para uma pá e da pá eu caí em uma lata. Lá dentro estava cheio de coisas.
A casca de laranja, cheirosa como sempre, foi logo me entrelaçando em um abraço. Um papel amassado e sujo disse pra eu não me envergonhar por ter ficado meio amarrotado.
Estava entre amigos e senti que ali era o meu lugar.
Um botãozinho quebrado contou que tinha caído da blusa de uma dona em um elevador. Quase se perdeu em um tapete felpudo.
Foi um aspirador que o salvou. Mas, todo agitado, o botão disse que a melhor aventura vem agora: uma longa viagem nos esperava!
Ele estava certo. À noitinha, um caminhão bem “maneiro” me levou com minha turma. Demos adeus à amiga casca, ao bagaço de milho e à paçoquinha embolorada. Encontramos garrafas, outros papéis, latinhas charmosas e vidros bons de papo.
Fomos parar em um lugar grande, com esteiras e máquinas.
Fiquei tão amigo de uns papéis, que, inseparáveis, fomos unidos pela máquina. E a melhor das surpresas: tudo aquilo estava ali só pra nos embelezar e nos deixar úteis de novo.
Virei folha de caderno, junto com os meus amigos! Nunca tinha imaginado que era tão importante pra ter um tratamento tão especial como esse!
Das prateleiras de uma loja fomos parar nas mãos de um garoto. Éramos brancos, mas ele desenhou uma árvore cheia de flores e frutos coloridos em cima da gente. Nos arrancou do caderno e nos pregou numa parede. Estamos em uma sala onde sempre há crianças.
Até hoje elas se aproximam e ficam nos admirando. Vocês podem acreditar nisso?!
De saquinho de pipoca  à vida de artista!

Como sou feliz !

sábado, 14 de março de 2015

HOMENAGEM À PROFESSORA MARINALVA

HOMENAGEM À PROFESSORA MARINALVA

                                                        Autoria: Professora Silvania Galdino
Hoje é dia de festa
É dia de emoção
Adivinhem de quem falo
De quem faz educação!

Mulher simples e humilde
Que veio do interior
Foi pela educação
Que ela se apaixonou.

Cada um tem sua missão
A sua de educar
Na história alagoana
A sociedade transformar.

Com muita seriedade,
Amor e dedicação
Procura vivenciar
A verdadeira educação.

É de se admirar
Sua força de vontade
Ninguém consegue controlar
Tamanha agilidade.

Sua generosidade
É de chamar a atenção
Pois quando faz uso dela
Sempre escuta o coração.

Presença sempre ativa
Espalhando gratidão
Na história de nossas vidas
Você teve grande participação.

Ensinar é seu forte,
Ela ama de paixão
Quando se fala das turmas
Perde até a concentração.

Amor pela educação
Ela sempre preservou
Com empenho e segurança
 Nunca desanimou.

Compromisso é seu lema
Não fez por obrigação
Trabalha com entusiasmo
Tudo pela educação!

Que Deus lhe cubra de bênçãos,
Paz, saúde e alegrias
Só temos que te agradecer
Pela sua companhia.

Pessoas como você,
No coração vamos guardar
Pois com certeza queremos
Com você sempre contar.

Mas já era de se pensar
No momento tão esperado
Quem não quer que chegue o momento
De fica aposentado.


Amigos da Escola Municipal Dom Miguel Fenelon Câmara



Homenagem à professora Marinalva Cordeiro por uma jornada de 50 anos no Magistério (30 na rede estadual de Alagoas e 20 na rede municipal de Maceió).