Sequencia didática - Tarsila do Amaral

Sequencia didática - Tarsila do Amaral
SEQUENCIA DIDÁTICA TARSILA DO AMARAL -Releitura - 2010

domingo, 6 de novembro de 2011

Atividade para paragrafação e pontuação

                             Cachorrinho Manco         ( Autor desconhecido)

Diante de uma vitrine atrativa, um menino pergunta o preço dos filhotes à venda. "Entre 30 e 50 reais", respondeu o dono da loja. O menino puxou uns trocados do bolso e disse:
             __ Eu só tenho  5 reais, mas eu posso ver os filhotes?
            O dono da loja sorriu e chamou  Lady, que veio correndo, seguida de cinco bolinhas de pelo. Um dos cachorrinhos vinha mais atrás, mancando de forma visível. Imediatamente o menino apontou aquele cachorrinho e perguntou:
__ O que é que há com ele?
O dono da loja explicou que o veterinário tinha examinado e descoberto que ele tinha um problema na junta do quadril, sempre mancaria e andaria devagar. O menino se animou e disse:
__ Esse é o cachorrinho que eu quero comprar!
O dono da loja respondeu:
__ Não, você não vai querer comprar esse. Se você realmente quiser ficar com ele, eu lhe dou de presente.
O menino ficou transtornado e, olhando bem na cara do dono da loja, com o seu dedo apontado, disse:
__ Eu não quero que você o de para mim. Aquele cachorrinho vale tanto quanto qualquer um dos outros e eu vou pagar tudo. Na verdade, eu lhe dou  5 reais agora  e  5 reais por mês, até completar o preço total.
O dono da loja contestou:
__ Você não pode querer realmente comprar este cachorrinho. Ele nunca vai poder correr, pular e brincar com você e com os outros cachorrinhos.
            O  menino abaixou e puxou a perna esquerda da calça para cima, mostrando a sua perna com um aparelho para andar. Olhou bem para o dono da loja e respondeu:
            __ Bom, eu também não corro muito bem e o cachorrinho vai precisar de alguém que entenda isso.


ATIVIDADE REVISÃO ( Paragrafação e pontuação)

1-Quantos parágrafos existem neste texto? --------------------------------------------------

2-  Qual o objetivo no texto do(s):

a-       Travessão?-------------------------------------------------------------------------------------

b-       Dois pontos: ----------------------------------------------------------------------------------

c – Ponto de interrogação? -------------------------------------------------------------------------
d-  Ponto de exclamação? -----------------------------------------------------------------------------

3 – Pinte de AZUL os pontos nos finais das frases.

Quantos são eles no texto?-------------------------------

4 – Pinte de VERMELHO os pontos de interrogação .

Quantos você encontrou?----------------------------------------------

5- Pinte de AMARELO os pontos de exclamação. 

 Quantos são neste texto?---------------------------------------------------

sábado, 3 de setembro de 2011

Biografia de Romero Britto


ROMERO FRANCISCO DA SILVA BRITTO NASCEU EM JABOATÃO DOS GUARARAPES, PRÓXIMO A RECIFE, PERNAMBUCO, EM 1963. AOS 8 ANOS COMEÇOU A MOSTRAR INTERESSE E TALENTO PELAS ARTES. COM MUITA IMAGINAÇÃO E CRIATIVIDADE, PINTAVA EM SUCATAS, PAPELÃO E JORNAL. PASSAVA HORAS NO QUINTAL DE SUA CASA CRIANDO.
ELE AMAVA GANHAR DE PRESENTE LIVROS DE ARTE. ELE OS  UTILIZAVA PARA ESTUDAR, COPIAR POR EXEMPLO, IMAGENS DE LEONARDO DA VINCI E TARSILA DO AMARAL. FALANDO SOBRE ESTE PERÍODO ELE DIZ:  “... NA CONDIÇÃO DE CRIANÇA POBRE NO BRASIL, TIVE CONTATO COM O LADO MAIS SOMBRIO DA HUMANIDADE. PASSEI A PINTAR PARA TRAZER LUZ E COR PARA MINHA VIDA. MINHA FAMÍLIA ERA MUITO POBRE. ÉRAMOS NOVE IRMÃOS E NÃO TÍNHAMOS DINHEIRO PARA NADA. CRIAR ERA UM REFÚGIO: EU PINTAVA UM MUNDO COLORIDO, DIFERENTE DO MEU.”
FREQUENTOU ESCOLAS PÚBLICAS E AOS 17 ANOS ENTROU PARA O CURSO DE DIREITO EM RECIFE, MAS NÃO CHEGOU A TERMINAR. EM 1990 FOI PARA OS ESTADOS UNIDOS E  TRABALHOU COMO ATENDENTE EM LANCHONETE E LAVA-RÁPIDO, COMO AJUDANTE DE JARDINEIRO E CAIXA DE LOJA. NESTE PERÍODO CONHECEU CHERYL ANN COM QUEM SE CASOU E TEVE UM FILHO BRENDON BRITTO.
NO COMEÇO NOS ESTADOS UNIDOS, VENDIA AS TELAS NA RUA, EXATAMENTE COMO FAZIA NO RECIFE.  PASSOU A ADOTAR CORES MAIS VIBRANTES, MAS RARAMENTE AS MISTURA. PREFERE USAR CORES PURAS, RESPEITANDO A IDENTIDADE DE CADA UMA DELAS. SUAS OBRAS TÊM SIDO CHAMADAS DE "TRABALHOS DE CRIANÇA", NÃO POR PINTAR COM TRAÇOS INFANTIS, MAS POR CRIAR COM CLAREZA E ENTUSIASMO, EXPLORANDO FORMAS GEOMÉTRICAS OU FIGURAS DE SUA PREFERÊNCIA, COMO CORAÇÕES E ANIMAIS, SEMPRE COM CORES VIVÍSSIMAS. TRANSFORMA TUDO EM PURA ALEGRIA, COR, SENTIMENTO. É POR ISSO QUE AGRADA A TANTA GENTE DIFERENTE.
MAS DIZ QUE APRENDEU MUITO COM OS LIVROS. ELE VALORIZA A EDUCAÇÃO ACIMA DE TODAS AS COISAS. ACREDITA QUE O CONHECIMENTO MAIS AMPLO DO MUNDO É O MELHOR CAMINHO PARA DAR MAIS POSSIBILIDADES PARA UMA VIDA MELHOR  E AJUDAR A  CADA UM A PENSAR MAIS ANTES DE FAZER QUALQUER COISA ERRADA.
                AO LONGO DESSES ANOS, ROMERO TEM DEDICADO SEU TALENTO, SUA ARTE E SUA ENERGIA A MUITAS CAUSAS FILANTRÓPICAS. USANDO SUA CAPACIDADE DE INFLUÊNCIA, OFERECE OPORTUNIDADES DE ARRECADAÇÃO DE FUNDOS PARA IMPORTANTES E RESPEITÁVEIS ORGANIZAÇÕES EM VÁRIOS PAÍSES.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Projeto Pedagógico Romero Britto

ESCOLA MUNICIPAL DOM MIGUEL FENELON CÂMARA

PROJETO ROMERO BRITTO


4º ANO B                2011

PROFESSORA MARLI



JUSTIFICATIVA
A Arte está inserida no currículo escolar como área de conhecimento como declara a LDB nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, a qual determina o Art. 26: § 2º. O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural  dos alunos.
Neste contexto, este projeto surge como conseqüência das atividades pedagógicas realizadas pela professora organizadora deste trabalho na área da Arte desta unidade escolar, dos Projetos Pintura Abstrata e Pintura Figurativa, Projeto Tarsila do Amaral e Projeto Cândido Portinari.
Por outro lado, Romero Britto foi escolhido como tema deste trabalho pedagógico por ser uma artista  plástico brasileiro, contemporâneo e natural de Pernambuco, um estado vizinho ao nosso, permitindo assim uma situação concreta maior ao nosso alunado. Além desses aspectos, os temas, as formas geométricas e as cores exploradas por este artista plástico em suas peças proporcionam um conjunto de aspectos alegres do cotidiano, o que proporcionam um atrativo para o nosso público. Além do mais, Britto trabalha com esculturas, conduzindo uma aprendizagem pedagógica desta vertente da Arte.
Somando a estes aspectos a biografia deste artista possibilita uma reflexão para os alunos no que se refere à realidade social que estão inseridos comparando com a de Romero Britto em sua infância. Pois o mesmo procurava reverter sua realidade com a Arte através da criatividade com as cores e a educação. “... na condição de criança pobre no Brasil, tive contato com o lado mais sombrio da humanidade. passei a pintar para trazer luz e cor para minha vida... Criar era um refúgio: eu pintava um mundo colorido, diferente do meu.”

Também em suas produções são abordados valores éticos como amizade, companheirismo entre pessoas e animais, solidariedade com o ecossistema, satisfação no meio familiar e educacional, entre outros, os quais devem ser incentivados e/ou reforçados em nossa sociedade.
Será desenvolvido neste trabalho didático uma releitura das obras deste artista plástico com argila fazendo referência a outro artista nordestino Mestre Vitalino. Neste sentido, possibilita aos alunos a contemplação de outra vertente ao expressar um novo olhar sobre o mundo por meio da Arte.
Desta forma, este projeto proporciona em seu contexto, não apenas a percepção de umas das áreas do conhecimento, a saber, a Arte, mas o desenvolvimento de valores estéticos e éticos a serem contemplados na sociedade. E além desses fatores, a valorização da auto-estima do nosso alunado de suas aptidões e o incentivo a reversão de sua realidade por meio de sua criatividade, empenho aos estudos e ao trabalho ao longo de sua vida.

PÚBLICO ALVO:     

         Trinta alunos do 4º ano B.

OBJETIVO GERAL

Desenvolver a sensibilidade e criatividade ao perceber o mundo que o rodeia e transportá-las em suas peças artísticas ou de outro.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

ü  Comparar a realidade social de nossos dias com a da infância de Romero Britto e perceber que há possibilidade de alterar este quadro.
ü  Identificar a intencionalidade do artista ao relacionar o nome dado e a própria produção artística.
ü  Localizar os destaques dados as cores primárias e secundárias utilizadas por Romero Britto em suas obras.
ü  Perceber a Arte tanto como expressão na pintura em telas quanto à produção de peças tridimensionais (esculturas).
ü  Notar os valores éticos abordados nas obras trabalhadas e perceber que são importantes na convivência dos seres humanos em sociedade.
ü  Aperfeiçoar a coordenação motora fina por meio das produções deste projeto.
ü  Conhecer a biografia e a Arte de Mestre Vitalino.
ü  Estimular a produção de escultura como uma releitura de uma das obras trabalhadas.


ÁREAS DO CONHECIMENTO:
ü  Arte
ü  Língua Portuguesa
ü  Matemática                                       
ü  Sociedade e Cultura
ü  Ética
ü  Pluralidade Cultural

METODOLOGIA
Este projeto pedagógico será desenvolvido por meios de texto informativo, projeção de slides, exposição das cópias das produções de Romero Britto, releituras por meio de pinturas e esculturas de algumas peças trabalhadas, socialização e discussão em cada fase do projeto, entre outros.

AVALIAÇÃO
Será somativa e formativa diante das áreas do conhecimento abordadas neste trabalho pedagógico, bem como pela participação individual ou coletiva do aluno, a criatividade, o respeito às diferenças e diversidades durante todo o processo de aprendizagem

TEMPO PREVISTO
Dois meses com duas aulas semanais.      

CULMINÂNCIA
Socialização das atividades produzidas pelos alunos para a família e comunidade escolar.                                  

ATIVIDADES PROGRAMADAS

1º DIA: Biografia de Romero Britto. Leitura coletiva e discussão dos pontos principais tais como: infância pobre, pintura alegre com refúgio da realidade, estudo como aperfeiçoamento de sua expressão artística, entre outros.

2º DIA: Projeção de slides de alguns trabalhos do artista plástico.

3º DIA: Releitura da tela Abaporu by Britto. Retomada da tela Abaporu de Tarsila do Amaral. Compreensão o que é releitura. Perceber as semelhanças e diferenças das duas telas. Produção individual com recortes de revistas. Socialização.

4º DIA: Análise coletiva das telas Abaporu by Britto e a tela Abaporu de Tarsila do Amaral – revisão. Análise escrita (questionário). Trabalho individual.

5º DIA: Tela Amizade. Discussão sobre a importância do valor humano Amizade e quais demonstrações de amizade é comum em nossa sociedade. Que imagens Romero Britto utiliza para demonstrar amizade? Releitura. Produção individual.

6º DIA: Tela Maternidade. O que é maternidade? Quais os sinais deste aspecto apresentam esta produção artística? Releitura. Produção individual.

7º DIA: Telas: Peixe-menino e Peixe-menina. O que o artista queria demonstrar nestas telas? Quais os sinais nas telas que indicavam o gênero? Quais as cores escolhidas? Releitura. Produção em dupla.

8º DIA: Tela Peixe. Releitura a partir de um quebra-cabeça. Pintura com lápis de cor ou giz de cera. Confecção de envelope para as peças do quebra-cabeça. Trabalho individual.

9º DIA: Recorte das peças após colagem em cartolina guache. Trabalho individual.

10º DIA: Tela: Cachorro. Questionamento das escolhas de Britto quanto: às cores, o animal, as expressões destacadas, o convívio social com os animais de estimação, entre outros. Releitura com pintura e colagem com papéis coloridos. Trabalho individual.

11º DIA: Projeção de slides em Data show. Identificação das esculturas e pinturas do artista trabalhado. Semelhanças e diferenças. Atividade de recorte e colagem selecionando as duas categorias trabalhadas na aula.

12º DIA: Tela: A árvore da família Atlântica. Análise coletiva sobre os valores afetivos abordados pela tela. Análise escrita (questionário) e releitura com lápis de cor ou giz cera. Trabalho individual.

13º DIA: Leitura compartilhada do livro infantil Mestre Vitalino. Assistir o documentário Mestre Vitalino. Destaque da intencionalidade do artista nordestino ao retratar seu povo. Semelhanças e diferenças da obra de Mestre Vitalino com a de Romero Britto. Discussão dos pontos mais interessantes para os alunos e professora (materiais, técnicas, discípulos e suas variações artísticas, entre outros). Produção textual dos aspectos importantes do DVD. Trabalho individual.

14º DIA: Releitura com argila de uma das peças de Romero Britto trabalhadas neste projeto. Trabalho individual. Socialização.

15º DIA: Pintura das peças produzidas em argila. Trabalho individual. Socialização.

16º DIA: Exposição dos trabalhos desenvolvidos neste projeto para a família e comunidade escolar.



terça-feira, 2 de agosto de 2011

Projeto Pedagógico Fábulas

ESCOLA MUNICIPAL DOM MIGUEL FENELON CÂMARA


PROJETO DIDÁTICO

FÁBULAS


4º ANO B – 2011

PROFESSORA MARLI


JUSTIFICATIVA

As fábulas são expressões culturais transmitidas oralmente em seu início de geração em geração e posteriormente de forma impressa. Tem com características ser um texto curto, com personagens tais como animais ou seres inanimados com atitudes de seres humanos, geralmente atitudes negativas diante de uma sociedade. Dessa forma, procura transmitir valores positivos por concluir com uma “lição de moral”. Os mais famosos autores de fábulas são Esopo (Grécia, 600 a.C) e La Fontaine (França, século 18). No Brasil, temos Monteiro Lobato (século 20), o qual reescreveu muitas delas e também nos dias atuais o mesmo foi realizado por Millor Fernandes.
Este trabalho didático surge diante da necessidade de situações pedagógicas que favoreçam o avanço do aluno sobre um objeto do conhecimento, no caso, em sua aprendizagem no que se refere  à leitura e a escrita. Somando a estes fatores, surge à proposta da Coordenação desta escola a utilizar como mecanismo deste  trabalho pedagógico, o gênero textual, fábula.
Diante deste contexto, é possível neste processo de aprendizagem ampliar as possibilidades dos alunos quanto à leitura e a escrita, avançar na apropriação da língua culta e  das características próprias deste gênero textual, e bem como a reflexão de valores éticos a serem aplicados em seu meio.


PÚBLICO ALVO:
 Alunos do 4º ano B – 2011

OBJETIVO GERAL:
Possibilitar o desenvolvimento cognitivo quanto à apropriação da leitura e da escrita e dos valores éticos esperados em uma sociedade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
·         Aumentar o repertório vocabular.
·         Apropriar-se da linguagem quanto à leitura e escrita.
·         Refletir sobre os benefícios ou malefícios das atitudes morais tomadas sobre si mesmo ou sobre outros.
·         Identificar no texto (semântica – substantivo comum, próprio, adjetivo)
·         Segmentar palavras, frases ou parágrafos de algumas fábulas.
·         Perceber as características próprias de um texto narrativo.
·         Utilizar a pontuação necessária para um texto narrativo.
·         Ler com fluência em voz alta (individualmente ou em jogral)
·         Localizar o início, problematização, desenvolvimento e desfecho da fábula.
·         Perceber quais os elementos textuais necessários para produzir uma fábula.
·         Produzir e ilustrar uma fábula em dupla.

ÁREAS DO CONHECIMENTO
  • Língua Portuguesa
  • Literatura
  • Ética
  • Cidadania
  • Sociedade e Cultura

AVALIAÇÃO
Será somativa e processual por meio de atividades individuais, em dupla e em grupo, nas discussões, participação e envolvimento do aluno por todo o processo de aprendizagem.

TEMPO PREVISTO
Dois meses. Tendo como meta trabalhar duas atividades deste projeto por semana.

CULMINÂNCIA
Produção de um livro de fábulas ilustradas a partir de um trabalho final em dupla.

ATIVIDADES

1º DIA - Texto informativo: Quem foi Esopo? Contexto histórico. Leitura individual e compartilhada. Interpretação oral. Levantamento de hipóteses das fábulas conhecidas e suas características textuais.

2º DIA -  Fábula: O leão e o ratinho. Leitura individual. Interpretação oral. Análise de sua moral. Leitura em jogral.

3º DIA  Fábula: A galinha dos ovos de ouro. Leitura individual. Interpretação oral. Análise de sua moral. Leitura em jogral. Identificação das três partes que dividem a fábula (início, meio e final). Desenho e escrita dos três estágios. Trabalho individual.

4º DIA – Fábula: A formiguinha e a pomba. Leitura individual. Interpretação oral. Análise de sua moral. Leitura avaliativa. Identificação dos substantivos comuns na fábula. Socialização.

5º DIA – Fábula: O cão e o osso. Leitura individual. Interpretação oral. Análise de sua moral. Leitura em jogral. Circular na fábula os substantivos comuns. Desenho e escrita do início, meio e fim da fábula. Trabalho individual.

6º DIA – Fábula: O galo e a raposa. Leitura individual. Interpretação oral. Análise de sua moral. Circular na fábula os substantivos comuns. Reconto oral.

7º DIA – Fábula: A formiga e a pomba. 2º versão. Leitura individual. Interpretação oral. Análise de sua moral. Discussão das semelhanças e diferenças da outra versão estudada. Segmentação das palavras.

8º DIA – Fábula: A cigarra e a formiga. Leitura individual. Interpretação oral. Análise de sua moral. Texto fatiado. Segmentação de parágrafos. Trabalho individual.

9º DIA – Fábula: A onça e o bode. Leitura individual. Interpretação oral. Análise de sua moral. Identificação de um texto narrativo (narrador, personagens, início, meio, problema, fim solução). Pontuação ( dois pontos, parágrafo e travessão). Identificação com lápis de cor.

10º DIA – Reescrita da Fábula A onça e o bode. Trabalho individual.

11º DIA – Fábula: Formiguinha e a neve. Leitura compartilhada pela professora - 1º versão: adaptação de João de Barro (Braguinha). Fábula: A formiga e a neve. (2º versão) Texto para o aluno. Leitura individual. Interpretação oral. Identificação das semelhanças e diferenças. Análise de sua moral. Identificação dos substantivos comuns e adjetivos com lápis de cor. Associar as características morais dos personagens como adjetivos. Socialização.

12º DIA - Fábula: A lebre e a tartaruga. Leitura individual. Interpretação oral. Análise de sua moral. Reconto oral. Dramatização. Trabalho em grupo.

13º DIA - Fábula: A lebre e a tartaruga (continuação). Localizar com lápis de cor os substantivos comuns e adjetivos. Reescrita da fábula. Trabalho individual.

14º DIA -  Análise de alguns provérbios populares escritos em papel 40 kg. Revisão e escrita coletiva das características morais de cada personagem trabalhado. Revisão oral das características textuais de uma fábula. Produção de uma fábula tendo em mente as características morais dos personagens e interligando com um provérbio popular escolhido pela dupla. Trabalho em dupla.

15º DIA - Revisão coletiva de uma das produções. Foco: pontuação ( parágrafo, letra maiúscula, dois pontos, travessão). Desenho das ilustrações das produções. Trabalho em dupla.

16º DIA - Revisão coletiva de uma das produções. Foco: pontuação ( parágrafo, letra maiúscula, dois pontos, travessão). Continuação do desenho das ilustrações das produções. Trabalho em dupla. Socialização dos trabalhos. Produção do livro de Fábulas da turma.


Peça teatral - Literatura de Cordel - O VAQUEIRO QUE NÃO SABIA MENTIR

Escola Estadual Rosalvo Ribeiro
5º ano A         2011       Professoras Marli e Nadja

Projeto Folclore (Literatura de Cordel)

Peça: O vaqueiro que não sabia mentir

PERSONAGENS
Fazendeiro 1 - Pedro ( muito rico e orgulhoso)
Fazendeiro 2 - Antônio ( mal e invejoso)
Vaqueiro do fazendeiro 1 - Sebastião ( confiável, não sabia mentir)
Filha do fazendeiro 2 - Marina ( sensível e bonita)
Boi Barroso ( forte, bonito e valioso)

CENÁRIOS
Fazenda 1
Fazenda 2
Pasto

Narrador (a)
Era uma vez um fazendeiro muito rico chamado Pedro que tinha dois orgulhos: seu boi Barroso – o maior, o mais forte, o mais bonito, o animal mais valioso da região. O outro era seu vaqueiro que não sabia mentir. Ele confiava tanto neste vaqueiro que o deixava tomando conta de seu boi Barroso. E assim falava a todos de seus dois orgulhos.

FAZENDA 1 - Um dia, o fazendeiro vizinho de nome Antônio, um sujeito muito malvado e invejoso foi visitar Pedro. Fez uma aposta de um saco cheio de dinheiro que o vaqueiro Sebastião iria contar uma grande mentira. Pedro aceitou a aposta.

FAZENDA 2 - Mas Antônio tinha uma idéia na cabeça. Chamou sua filha Marina que era uma flor de tão linda. Contou o seu plano. A moça não aceitou. Mas o fazendeiro era mau e de tanto insistir e maltratar a filha que não houve jeito: Marina teve que participar do plano do pai.

PASTO –
1º DIA: Um dia Sebastião estava no pasto com o boi Barroso e apareceu marina toda faceira, cheirosa com um vestido de flores do campo. O vaqueiro achou a moça muito bonita e os dois conversaram.

2º DIA: Passou o tempo. A moça apareceu de novo com um vestido de conchas do mar. Os dois conversaram e se abraçaram.

3º DIA: Passou o tempo. A moça apareceu de novo, veio toda cheirosa usando um vestido com estrelas do céu. O vaqueiro achou Marina à moça mais linda do que tudo. O vaqueiro estava apaixonado pela moça. Naquele dia os dois namoraram o dia inteiro. Na despedida  marina pediu uma prova de amor: a morte do boi Barroso. Sebastião disse que ela pedisse tudo menos isto. Mas a moça só queria saber da morte do boi como prova de amor. O moço examinou a moça e balançou a cabeça. Depois, puxou a peixeira da cinta e matou o boi Barroso ali mesmo. A moça foi embora.

FAZENDA 2 – Marina chegou a casa chorando. Contou tudo ao pai. O malvado caiu na gargalhada.

FAZENDA 1 – No dia seguinte Antônio foi visitar Pedro pedindo o saco de dinheiro da aposta. Sem entender Pedro mandou chamar Sebastião. O moço veio de cabeça baixa e chapéu na mão. O fazendeiro malvado só ria e pensou que dessa vez o vaqueiro ia mentir. Mas Sebastião puxando uma viola cantou:



Eu estava no meu canto
Uma flor saiu do chão
Cresceu e fez um pedido
Que rasgou meu coração

Pediu que eu matasse o boi
Aquele fabuloso
Aquele bicho jeitoso
O famoso boi Barroso

Eu disse que não podia
E ela disse que queria
Eu disse que não devia
Ela fez que não me ouvia

E disse mais, meu senhor,
Veio pra perto e falou
Queria sentir firmeza
Certeza do meu amor

Eu amava de verdade,
Sentia amor pra valer
Mas se amor é invisível
O que eu posso fazer?
Pra provar que ele existia
Mostrar que tamanho tinha
Cometi uma maldade
Foi crime, foi culpa minha

Eu matei o boi Barroso
Aquele boi amoroso
Aquele bicho manhoso
Aquele boi precioso

Fiz loucura àquela hora
Por estar apaixonado
Se errei, eu pago agora
Mereço ser castigado.

O dono do boi ficou louco da vida. O vizinho ficou de queixo caído porque o vaqueiro não mentiu. Foi quando surgiu a moça. Veio toda cheirosa, usando vestido branco. Disse que estava arrependida. Chorou e contou a verdade. Disse que tinha feito tudo obrigada pelo pai. Ao ouvir isso, o vaqueiro ficou tristonho. Mas a moça continuou. Disse que agora estava apaixonada e queria casar com ele. O fazendeiro malvado pagou a aposta e foi expulso da fazenda, prometendo deixar a sua filha casa com o vaqueiro. Pedro perdoou Sebastião por matar o boi Barroso e deu de presente de casamento o saco de dinheiro ganho na aposta.


Bibliografia: Azevedo, Ricardo. Bazar do Folclore: tradição popular. São Paulo: Ática, 2001. P.47 – 49.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Produtos e objetos do Portal do Professor (Retrospectiva)

Após navegar alguns sites, links e consequentemente ver entrevistas, vídeos, depoimentos,entre outros percebi que as possibilidades de recursos são realmente ilimitados, pois, talvez não seja possível aplicar as atividades “ao pé da letra”, no entanto, tornam-se sugestões para atuais ou futuras adaptações. Eu me detive ao Portal do Professor por considerá-lo mais objetivo para a nossa prática, principalmente os links Espaço da Aula e Recursos Educacionais.
Acredito com estes instrumentos possamos lançar desafios e bem como condições de mediar o avanço da aprendizagem de nossos alunos como define o Profº Lucas Ciavatta: “Não nos esqueçamos de que todos os nossos estudantes estão sempre dispostos a vencer um desafio, desde que entendam que vale a pena vencer este desafio e desde que tenham a certeza de que possuem e sabem usar as ferramentas necessárias para vencê-lo.”
Ao analisar as atividades no Portal do Professor, no link Recursos Educacionais, entre várias propostas gostei sobre Alfabetização; Formas de organização dos conteúdos, o qual está em. A partir do vídeo proposto, é possível analisar a ambigüidade das palavras e a necessidade de clareza ao escrever. Também pode ser um ponto de partida ao estudar o jornal como portador de texto.
Outro link deste portal é o Espaço da Aula. Ele contempla atividades que considerei bem práticas, que tem como foco a ortografia em Língua Portuguesa, entretanto, pode ser explorada em Sociedade e Cultura, Ética e até Ensino Religioso, pois tem o tema “Felicidade”e dessa forma, é possível destacar valores necessários em nossa sociedade. Pode ser aplicada nas séries iniciais ou ser de ponto de partida para outras séries. Cita dois filmes, um livro infantil e quatro músicas de nosso repertório nacional, os quais o professor poderá ou não aplicá-los.
Gostei de duas atividades neste link que procurarei aplicá-las: uma sobre Arte, sobre Van Gog, biografia e uma releitura de uma de suas obras e outra sobre o Lixo e Cidadania, que apresenta um vídeo excelente que pode ser abordado temas como a reciclagem, Meio Ambiente, Cidadania, entre outros.


Trabalho temático: Ortografia ( Professoras Eliziane e Marli)


Diante de nossa necessidade de sistematizar a aprendizagem, no caso, na área de Língua Portuguesa, especificamente a Ortografia, nos detemos na atividade Feliz felicidade, visto que almejamos que nossos alunos escrevam segundo as regras normativas de nosso idioma.
A partir do vídeo é possível despertar o lúdico próprio da criança, e daí, proporcionar a reflexão das regras gramaticais. Além disso, por ser um tema transversal potencializa trabalhar outras áreas do conhecimento, tais como: Sociedade e Cultura, Ética e Ensino Religioso.
Na sala de aula o professor deve pensar no aluno não por partes, mas como um todo, ou seja, um indivíduo com necessidades ímpares e que talvez apenas na escola venha a atender a uma delas. È apenas no espaço escolar que muitos contemplem o mundo com um outro olhar com criticidade aos acontecimentos ao seu redor. Bem como, é neste ambiente que por um lado, são discutidos ou questionados os valores que são estimulados neste sistema consumista, e por outro lado, são revistos ou priorizados quais os valores que são essenciais para a vida de um ser humano.


ATIVIDADES

1ª aula
Trabalho em grupo. Recorte de gravuras de:
  • pessoas em situações que podem ser consideradas felizes.
  • ambientes ou lugares que podem apresentar condições que podem proporcionar felicidade.
Socialização. Produção coletiva do mural em sala de aula.
2ª aula
Video “Feliz, felicidade”. TV escola. Realizar o ditado ortográfico proposto no vídeo. Estudar exemplos de palavras homônimas. Uso do dicionário.

3ª aula
Ouvir e ler as letras das músicas: “Felicidade” –  Fábio Junior e “O que é, o que é”- Gonzaguinha. Destacar quais as concepções de felicidade são destacadas nas duas músicas: amor romântico, possuir os itens básicos de sobrevivência, estado de espírito temporário, entre outros. Trabalho em dupla ou trio. Produção do texto: O que é felicidade? É possível alcançá-la? Texto manuscrito. (primeira elaboração).

4ª aula
Laboratório de informática. Digitação do texto produzido na aula anterior. Criação de uma pasta no microcomputador.

5ª aula
Assistir o filme “Em busca da felicidade”. Destacar para os alunos alguns questionamentos antes do filme: Que valores positivos ou negativos os personagens queriam alcançar? Quais desafios encontraram? Alcançaram seus objetivos? Existe uma relação do filme com a nossa realidade?
Ao término do filme socialização retomando os questionamentos iniciais. Produção de texto em dupla ou em trio. Tema: O que aprendemos do filme “Em busca da felicidade?” Que lições deixaram para nós? Texto manuscrito.

6ª aula
Laboratório de informática. Digitação da última produção de texto, reelaborando o texto arquivado na pasta da equipe. Pontos a serem refletidos nesta reelaboração: Quais os conceitos de felicidade para as pessoas? O que é felicidade para o grupo?
Socialização das produções. Após a leitura dos textos finais as equipes irão fazer uma ponte com o mural produzido pela turma no início deste projeto concordando ou não com o que foi exposto.



AVALIAÇÃO

No decorrer deste projeto serão avaliadas competências tais como: oralidade, criatividade, trabalho em equipe, organização e produção de texto, criticidade e até que ponto houve um avanço do conceito inicial sobre os valores propagado em nossa sociedade.




Pontos positivos e negativos do projeto Bairros de Maceió - Escola Estadual Rosalvo Ribeiro

A atividade Projeto Bairros de Maceió realizada na Escola Estadual Rosalvo Ribeiro com o 4º ano A e 5º ano A foi bem enriquecedora por um lado para nós como profissionais na Educação, pois deu margem a buscar alternativas diante das adversidades, e por outro lado aos alunos por proporcionar mecanismos de aprendizagens diferenciados, apesar de serem limitados em alguns aspectos.
No entanto, acreditamos que despertamos a curiosidade dos alunos ao observar ao seu redor marcas do passado, quer que sejam nas construções em detalhes em sua arquitetura quer nos depoimentos da geração mais antiga que viveu esta história. Dessa forma, desenvolver um outra escuta ao ouvir relatos do passado da geração mais velha, e bem como outro olhar sobre o que resta em seu meio como marcas da nossa história. Sabemos que não foram desenvolvidas plenamente estas habilidades, mas foi “um ponta pé” inicial destas competências que devem ser utilizadas no seu cotidiano e também em sua vida acadêmica.
Outro aspecto que acreditamos que eles entenderam é que o passado está presente nos dias atuais e que em alguns anos nós faremos parte do passado. O que admiramos ou estranhamos hoje nos elementos do passado, amanhã, ou seja, anos à frente também serão analisados da mesma forma. Isto foi bem destacado na fala da professora que apresentou os slides e cartões postais de Maceió antigo e que ao socializarmos os trabalhos este tema veio à tona por parte dos alunos.
Percebemos que ao término deste projeto houve vários pontos positivos. Por exemplo, aqueles alunos que não usam a informática em seu dia-a-dia ficaram motivados a fazer uso deste instrumento. O trabalho em grupo foi outro mecanismo que proporcionou uma maior integração dos alunos, até aqueles que eram dispersos se envolveram bem. Este tipo de atividade é importante, pois permite aos alunos a aprender e a aceitar as diferenças, a compartilhar idéias e opiniões, habilidades estas que são necessárias ao viver em uma comunidade. Outro aspecto foi à socialização dos trabalhos que abriu espaço para desenvolver a oralidade, ou seja, a se expressar em público, competência esta necessária tanto na escola quanto em outras áreas de nossa sociedade.
Uma das dificuldades encontradas neste trabalho foi o tempo curto para explorarmos o projeto, devido à greve da rede de ensino estadual e em conseqüência o acúmulo de atividades a cumprir. Outro obstáculo foi o de não conseguirmos conduzir nossos alunos no laboratório de informática, uma vez que não foi instalada a Internet contornamos esta situação por sugerirmos pesquisarem na Lan House, o que eles fizeram prontamente, que por fim vimos como algo positivo.
Por fim, o trabalho coletivo entre profissionais foi um intercâmbio muito bom, pois houve a troca de experiências, o encorajamento diante das dificuldades que percorremos no caminho deste trabalho. Com certeza estas situações estreitaram a nossa amizade e o nosso companheirismo que vão além do nosso local de trabalho e entram na nossa vida pessoal.

Mídias e tecnologias no cotidiano e na formação de professores escolares. (Retrospectiva de uma pesquisa reflexiva)

O homem na sua busca de melhor adequação ao seu meio desenvolveu técnicas para aproveitar melhor os elementos da natureza, tais como a argila, metais, a água, o fogo, entre outros. À medida que os povos se interagiam novas técnicas eram conhecidas ou aprimoradas para melhor conviver com as suas adversidades.
Atualmente desconsideram-se técnicas, como a roda, o papel, os quais já foram absorvidas no cotidiano e se fixa, por exemplo, na tecnologia na área da medicina, aeronáutica, informática, entre outros. No entanto, todos estes são passos importantes para a humanidade, pois é o conhecimento tecnológico acumulado no decorrer da história.
Este conhecimento tem sido muitas vezes divulgado pela mídia, seja por meio de comunicação em massa (jornais, televisão, rádio, cinema) ou hiper mídia (TV interativa, internet, CD ROM). Entretanto, faz-se necessário ser criterioso ao analisar as fontes destas informações, bem como questionar, refletir por diversos ângulos este conhecimento para não ser um simples multiplicador de um formador de opiniões.
Neste contexto, o professor escolar deve utilizar os mecanismos disponíveis da tecnologia para atualizar-se em sua vida pessoal e formação profissional, e consequentemente facilitar o seu trabalho e dar condições de seus alunos conhecerem esses elementos. Principalmente os alunos pertencentes às escolas públicas, pois uma vez que em seu meio de origem há poucas oportunidades e caso haja, não há uma orientação que possibilite ao questionamento, a reflexão, a criticidade ao saber encontrado, para que por fim, transforme em um novo saber adequando às suas necessidades.


Site de pesquisa
http:// wikipedia.org /historia da tecnologia. Em 31/08/08
http:// wikipedia.org /meios de comunicação. Em 31/08/08

Currículo desenvolvido na ação ( retrospectiva de uma reflexão do trabalho pedagógico)

Para muitos currículo se detém apenas a um rol de disciplinas de uma grade curricular de uma modalidade de ensino. No entanto, currículo tem uma abrangência bem maior, como afirmam Almeida e Prado, 2008: “... a concepção de currículo que almejamos desenvolver identificamos as características intrínsecas das tecnologias que devem ser exploradas em atividades pedagógicas com intenções e objetivos claramente especificados.” (grifo nosso)
Acredito que ao trabalharmos com projetos e quando sofrem modificações a partir de discussões, questionamentos com os alunos, e daí, é realizado uma reelaboração deste plano de aula, o currículo com certeza vai além de uma sucessão de conteúdos. A aprendizagem não ocorre de forma linear, mas sim de forma dinâmica, pois possibilita os alunos interagirem com o conhecimento e eles próprios construírem os seus saberes.
Ao analisar o meu trabalho, sei que tem vários itens a melhorar. Porém, tenho clareza que a intencionalidade e objetivos de minha prática pedagógica devem estar bem presentes. Aliás, tenho a prática de sempre especificar isto aos meus alunos, principalmente aos de 3º ou 4º anos, pois vejo que quando não é realizado fica sem contexto, “solto” para os alunos. Gosto também nestas turmas fazer uma avaliação, ou seja, os alunos expressarem sobre os resultados positivos e negativos do processo de aprendizagem, dando assim embasamento para mim ao próximo momento pedagógico.
Creio que quando o professor tem estes conceitos facilita seu trabalho e está aberto a mudanças. Com certeza, as mídias, as tecnologias serão sempre nossas aliadas. Nestes dois projetos desenvolvidos neste curso (Bairros de Maceió e Trânsito) sei que poderiam ter sido utilizadas outras estratégias, mas devido a fatores que já mencionados inclusive por outros colegas, não foi possível. Contudo, outros trabalhos surgirão e novas oportunidades também, e daí as intenções e objetivos no processo de aprendizagem serão melhores contempladas.

EXPERIÊNCIAS COM A INTEGRAÇÃO DE TECNOLOGIAS AO CURRÍCULO (Retrospectivas pedagógicas (2009) Professoras Eliziane e Marli)

O professor que tem a finalidade de tornar seus alunos mais questionadores e reflexivos possibilita de várias maneiras a interação deles com o saber. Isto é possível pelo questionamento ao apresentar o conteúdo com as TIC, as quais permitem inúmeras situações. Mesmo antes de conviver com as tecnologias tão de perto como agora por meio deste curso, buscávamos alternativas que conduzisse a produção do conhecimento do nosso alunado.
Como por exemplo, para propiciar o desenvolvimento de conceitos sobre cartografia foi trabalhado O projeto “Meu bairro, minha sala de aula e eu” para uma turma da 2ª série do Ensino Fundamental. Por meio dele foi abordado disciplinas como: Língua Portuguesa, Matemática, História, Ciências e Arte. Por sua vez, com a Parte Diversificada pode-se desenvolver tema relacionado com a Cidadania, o Meio Ambiente e a Sociedade e Cultura.
A intenção deste projeto é conduzir a construção da leitura e interpretação cartográfica. Este processo tem início a partir do meio em que se encontram os alunos, no caso seu bairro e a sala de aula, e daí levá-los a perceber que estão inseridos em um contexto geográfico que pode chega ao universo ou infinito. Ao término deste trabalho há a possibilidade dos alunos perceberem uma visão de distanciamento do micro para o macro e bem como, o seu inverso, do macro para o micro. Além disso, identificar a ocupação do homem de forma planejada e a desordenada nem nosso território e as suas conseqüência a curto e em longo prazo.
Com o intuito de alcançar estes objetivos foram realizados duas aulas de campo nos bairros que ladeiam a escola e bem como, os alunos residem neles, produziram a sua leitura por meio desenhos e escrita descrevendo os pontos positivos e negativos dos locais visitados. Com as produções dos cartazes foi feito um mural. Para dar um suporte aos alunos foi trabalhado paralelamente poema s com o mesmo eixo temático permitindo que os alunos fizessem coletivamente suas versões segundo a sua realidade. Também foi desenvolvido estudo com as formas geométricas planas e os sólidos geométricos possibilitando um caminho de perceber o abstrato por meio do concreto.
A partir desta base os alunos construíram uma planta baixa (croqui) da sala de aula com uma legenda e por fim, a produção de uma maquete da sala de aula com sucata. Após esta maquete eles demarcaram os seus limites com um marcador permanente sobre um plástico filme. Dando assim margem dos alunos perceberem noções básicas de cartografia.
Para um período de um bimestre os conteúdos desenvolvidos são: Bairro planejado e não planejado: suas características, pontos positivos e negativos; Ocupação das encostas: o que leva o seu surgimento e suas conseqüências para o homem e o meio ambiente; Tipos de ruas e sua acessibilidade para veículos e pedestres; Saneamento básico e seus benefícios; O lixo; A cartografia e a história do homem; As representações cartográficas básicas; O planisfério e o globo terrestre: suas diferenças e utilidades; A importância do uso de mapas em setores de nossa sociedade; A utilidade da legenda, croqui, planta baixa e maquete: visualização do real e A percepção do homem em sua posição como ponto de partida em relação ao mundo: o micro para o macro e vice-verso.
As mídias e tecnologias empregadas são: textos informativos, mapas antigos e atuais alguns adquiridos nos livros didáticos ou pela Internet, material este que às vezes eram adaptados para atender às necessidades dos alunos; revistas; globo terrestre; planisfério; livro Zoom de Istvan Banyai e Data Show e um aplicativo do Google.
Ao concluir este processo de aprendizagem percebi tanto uma mobilização dos alunos em participar em todas as etapas do projeto de forma prazerosa como a compreensão dos conteúdos, e o que é melhor o avanço da aprendizagem em assimilarem os conceitos básicos cartográficos, os quais possibilitam a leitura e o entendimento de alguns elementos da Cartografia que podem ser encontrados em seu cotidiano.
Outra atividade que o grupo participou foi o Projeto “XÔ Dengue”. Neste projeto toda a escola participou, desde os alunos até o pessoal de apoio, inclusive a comunidade local.
O projeto teve enfoque à disciplina de Ciências, mas foi também foi correlacionado a outras disciplinas, tais como Geografia, História, Matemática, Língua Portuguesa e Arte.
Foram realizadas pesquisas sobre o tema “Dengue” através da internet, jornais, revistas, folhetos explicativos e cartazes distribuídos nos postos de saúde na comunidade e bem como, entrevistas com as famílias, comunidade escolar e local para verificar o grau de informação sobre a doença (causas, cuidados de prevenção, sintomas, tratamentos, etc.). A pós este levantamento de dados houve a exibição de vídeos informativos sobre a Dengue.
Como pesquisa de campo, fomos às ruas vizinhas da escola, para verificar como se a comunidade estava consciente de suas atitudes diante do problema (as crianças viram grandes acumulo de lixo e recipientes que propiciavam a reprodução dos mosquitos). Com sacos e luvas nas mãos fizemos grande coleta de lixo que facilitava a produção do mosquito (tampas de garrafas, copos descartáveis, embalagens plásticas, etc.).
Realizamos uma exposição na escola, de parte do lixo que encontramos, bem como poesias e textos construídos de forma individual e coletiva pelos alunos, a fim de conscientizar a comunidade escolar. Para reforçar este objetivo, houve uma palestra por técnicos da Secretaria Municipal de Saúde. Além disso, a produção de cartazes informativos, que foram fixados nas dependências da escola e a realização de uma peça teatral sobre o tema.
 A culminância foi a realização de um desfile pelas ruas da comunidade enfocando o tema ao mesmo tempo em que mostrava a preocupação da comunidade escolar.
O Projeto permitiu ao aluno pesquisar, produzir novas descobertas, interagir com o grupo, tomar decisões, levantar dúvidas, estabelecer relações com o cotidiano, além do mais o Projeto promoveu uma correlação entre as áreas curriculares trabalhando de forma integrada, criando formas de aprendizagem mais concreta.
O trabalho com projeto está muito em voga. Poucas são as escolas e professores que ainda não experimentou esta possibilidade de aprendizagem, sentimos, porém, que em muitas experiências falta um engajamento de todos para que seja alcançado o objetivo maior – a contextualização do tema. Outra questão é trabalhar projetos com temas repetitivos e sem muita apropriação por parte dos alunos, ou seja, as pesquisas realizadas são quase que trazidas pelos professores, pois muitos alunos não têm condição e parte das escolas não tem acervo para pesquisas.
Não resta duvida que o trabalho com projeto facilita a interdisciplinaridade, favorecendo a integração, pois o professor propicia as mediações necessárias para o aluno que está aprendendo a partir das relações criadas nas diversas situações. E esta competência que todos nós como professores desejamos aos nossos alunos, que eles percebam que o conhecimento em suas várias áreas não está isolado, e é como uma teia, ou seja, está interligado em seus diversos saberes possibilitando uma maior compreensão da nossa realidade, de nossa visão de mundo.