Sequencia didática - Tarsila do Amaral

Sequencia didática - Tarsila do Amaral
SEQUENCIA DIDÁTICA TARSILA DO AMARAL -Releitura - 2010

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

ANÁLISE DO PROJETO NA AÇÃO


Projeto: Cândido Portinari
Escola: Dom Miguel Fenelon Câmara
Disciplinas: Arte, Língua Portuguesa, História, Geografia, Matemática, Sociedade e Cultura, Ética
Ano:
Turma: B
Duração prevista: dois meses

1-    TEMA
O tema Cândido Portinari foi proposto com a finalidade de os alunos compreendessem a Arte em suas várias formas de expressões como a Pintura, a Dramaturgia, a Dança, a Música, a Literatura, entre outros. Estes segmentos possibilitam uma leitura da realidade de diferentes focos, os quais devem ser respeitados e valorizados. Diante deste contexto, percebe-se que com o decorrer deste projeto que os alunos demonstram a sensibilidade ao entender Portinari, como por exemplo: o porquê de escolher certas cores, o motivo de pintar de tamanho exagerado alguns detalhes da obra, o que o artista desejava retratar com determinadas cenas, de onde ele buscou inspiração de sua obra, entre outros. Vale à pena ressaltar que a compreensão destas características foi facilitada porque este projeto foi antecedido pelo Projeto Tarsila do Amaral, o qual proporcionou uma base para o estudo deste tema.

2-    DISCIPLINAS
Entre as disciplinas envolvidas neste projeto observou-se que o PITEC e a Arte, História e Língua Portuguesa estão estreitamente em parceria, principalmente nas pesquisas da professora sobre o artista, com o uso da Internet, a qual foi de suma importância, para obter como, por exemplo, a biografia, as telas selecionadas para estudo, atividades e projetos pedagógicos, entre outros. No que tange aos alunos assistirem ao documentário sobre Portinari, visualizarem a sua terra natal, depoimentos de pessoas ligadas ao artista, conhecerem a casa, a qual é atualmente museu Portinari, possibilitou uma visão da importância do Projeto.

3-    OBJETIVOS
O Projeto Cândido Portinari tem como objetivo elevar a auto-estima dos alunos, despertarem a sensibilidade, aguçar o senso crítico diante da realidade, valorizar as diversidades, desenvolver valores éticos e estéticos, entre outros. Diante deste contexto, o desenvolvimento do projeto tem atingido estas expectativas, pois os tem identificado características estéticas presentes nas telas de Portinari, no caso, o segmento Natureza-Morta; os alunos valorizam suas produções e as dos seus colegas durante a socialização dos trabalhos no painel a cada aula, e, além disso, eles têm a curiosidade de conhecer mais detalhes do artista plástico, fato este percebido ao assistir o documentário e pelas perguntas das próximas etapas do projeto.

4-    AÇÕES
As ações previstas para a professora foram realizadas tais como a pesquisa na Internet como fonte de material para este projeto. Quanto aos alunos, eles assistiram ao documentário Imaginário Portinari, conheceram algumas telas, estudaram texto informativo sobre a biografia do artista plástico, fizeram produções individuais (auto-retrato e tela de Natureza-morta) e discussões orais diante do que era exposto na aula. No presente momento os alunos não leram ainda o Livro Portinari Para Crianças, pois só foi possível consegui-lo há poucos dias. Por motivos pessoais da professora a projeção de slides em Data-Show não foi ainda elaborada, no entanto, está previsto para as próximas aulas. Uma vez que a escola não dispõe de laboratório de informática, os slides têm sido um grande aliado integrado à Data-Show, pois este último permite também a projeção de entrevistas adquiridas pela Internet. Como esta escola não possui Internet a professora ou a Coordenadora levam seu pen drive (3G) para concretizar a atividade programada deste Projeto.

5-    ATITUDES
Percebe-se uma atitude acolhedora quanto ao novo, uma ansiedade para as próximas etapas deste projeto. Eles buscam novas informações sobre o tema em Lan House sem que isto seja exigido pela professora. Isto é positivo visto que Cândido Portinari não era do conhecimento deste público infantil, bem como a qualquer vertente da Arte. Dessa forma, o desejo de aprender possibilita a construção de valores estéticos não apenas do artista em pauta, mas de outros e com a predisposição de valorizar outros segmentos da Arte, bem como as suas variações.

6-    RESUTADOS
Até o momento pode-se dizer que este projeto tem atendido todas as expectativas, pois o ponto central dele é o envolvimento dos alunos com o tema e como já foi declarado neste trabalho isto aconteceu, com mudanças significativas de valores e atitudes. Pode-se acrescentar a isto, o apoio de outras colegas de trabalho por darem sugestões apropriadas, como por exemplo, sobre o auto-retrato, o qual foi diferenciado do projeto de Arte anterior. Inclusive a professora regente deste projeto fará uma alteração no projeto com respeito à releitura: irá propor releitura de personagens de Portinari com argila, expressão artística tão bem retratada por Mestre Vitalino. Dessa forma, será fará uma ponte com a Arte Regional.



PROPOSTA DE PROJETO: CÂNDIDO PORTINARI

PROJETO CÂNDIDO PORTINARI


1-    IDENTIFICAÇÃO
ESCOLA MUNICIPAL DOM MIGUEL FENELON CÂMARA
Público alvo: 4º ano B     
Total: 30 alunos

2-    DEFINIÇÃO DO TEMA
Em suas telas são retratadas uma ampla visão com respeito à diversidade cultural e étnica do povo brasileiro, a problemática social, entre outros. Além disso, este artista passou por fases evolutivas, tais como, natureza-morta, paisagem e figura humana durante as décadas 30 a 50 do século passado, trabalhos estes que irão ampliar a compreensão estética dos alunos.

3-    JUSTIFICATIVA
A Arte tem sido trabalhada de forma equivocada nas escolas, não explorando os seus segmentos como pintura, música, dramaturgia, entre outros. Entretanto, a Arte é um campo do conhecimento que eleva a auto-estima, desperta a sensibilidade, aguça o senso crítico diante da realidade, valoriza as diversidades, desenvolve valores éticos, entre outros.

4-    OBJETIVO GERAL
Conhecer a variação estética da obra de Cândido Portinari desenvolvendo um olhar crítico social.

5-    OBJETIVOS ESPECÍFICOS
·        Conhecer a biografia do artista.
·        Desenvolver o senso crítico;
·        Despertar a apreciação para a Arte partindo da pintura para outras vertentes.
·        Entender que cada ser humano tem estilo de expressão artística.
·        Valorizar e respeitar a nossa cultura artística.
·        Possibilitar a comparação do contexto histórico das telas com a realidade social contemporânea
·        Identificar as características das variações estéticas: natureza-morta, paisagem e figura humana.
·        Realizar releituras de algumas obras das três fases do artista (natureza-morta, paisagem e figura humana).
·        Perceber as brincadeiras e brinquedos destacados na pintura do artista com os da atualidade.
·        Classificar os temas propostos nas produções do artista tais como: brincadeiras infantis, paisagens rurais, cenas de retirantes, trabalhadores rurais, retratos, entre outros.
·        Perceber as cores trabalhadas, os temas repetidos e a intencionalidade do artista.
·        Elencar os problemas sociais atuais/antigos e os elementos culturais que são ou não percebidos atualmente.

6-    CONTEÚDOS
Arte, História, Geografia, Língua Portuguesa, Ética, Pluralidade Cultural: documentário, texto informativo, produção individual (registro), discussão oral, debates. Matemática: Análise simétrica, figuras geométricas.

7-    DISCIPLINAS ENVOLVIDAS
·        Arte
·        História
·        Geografia
·        Língua Portuguesa
·        Matemática
·        Ética
·        Pluralidade cultural

8-    METODOLOGIA/CRONOGRAMA
 Os procedimentos pedagógicos utilizados neste trabalho serão: leitura compartilhada, textos informativos, discussão, documentário, slides, telas de Cândido Portinari, produções individuais de releituras de algumas obras, socialização, entre outros. Estes instrumentos serão desenvolvidos em três meses.  
                                      
9-    RECURSOS
·        Telas do artista plástico.
·        Projeção de slides em Data-show.
·        DVD: Documentário- Imaginário Portinari.
·        Textos informativos com o contexto histórico das telas: movimentos estéticos e sociais.
·        Tinta guache, lápis de cor, colagens como recursos para a produção da releitura de telas estudadas.

10-                      REGISTRO DO PROCESSO.
A cada aula com este projeto o aluno fará um registro pessoal (esboço de um relatório). Ao longo do processo a professora fará seu registro destacando pontos positivos e negativos.

11-                      AVALIAÇÃO E RESULTADOS ESPERADOS
A avaliação deste projeto será processual e formativa, tendo como intuito a formação do homem nos aspectos estéticos, crítico-social, éticos, entre outros. Estes elementos serão trabalhados e avaliados de acordo com o envolvimento, interesse em ouvir e ler textos informativos, participação, questionamento, criatividade, assiduidade, a mudança de postura com respeito à ética aos trabalhos desenvolvidos pelos colegas de classe e a elevação da auto-estima por o aluno se ver como sujeito-autor.
12-                       SOCIALIZAÇÃO
Painel com as produções dos alunos. Projeção de slides em Data-Show para a comunidade escolar e familiar.
13-                      REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PROJETO E SUAS CARACTERÍSTICAS: UMA REFLEXÃO

PROJETO E SUAS CARACTERÍSTICAS

QUESTIONAMENTO:
- Todo projeto é interdisciplinar?
- É possível desenvolver um projeto focado em um tema de uma determinada área do conhecimento?

Todo projeto não é interdisciplinar, pois para isto o conhecimento deveria perpassar nas áreas que fossem necessárias para atender a necessidade proposta no projeto. Muitas vezes o que se tem visto nas escolas são disciplinas junta postas onde seus “criadores” planejam que disciplinas serão contempladas. Às vezes escuta-se nas escolas: “Quais as disciplinas que se podem trabalhar neste projeto?” Como resposta começa-se a criar situações pedagógicas para que assim possam-se elencar várias disciplinas. O que acontece desse modo é um “engessamento ou camisa-de-força” no projeto, com diz Maria Elizabete de Almeida.
No caso, as áreas do conhecimento devem atender a solução de certos problemas, responderem a questionamentos, a obtenção de olhar o mesmo objeto de pesquisa de vários ângulos. Pode-se iniciar com um tema em determinada área e buscar elementos que estão implícitos em outras áreas para contextualizar, aprofundar a compreensão do problema e nas alternativas de sua solução. Neste contexto, o pesquisador naturalmente vê o problema e a possível solução em prismas diferentes e não por disciplinas isoladas.
Creio que o entrave na elaboração de um projeto multidisciplinar é a formação do professor, uma vez que historicamente o conhecimento é fragmentado e sem perceber os que elaboraram projetos repetem uma visão do saber que já está cristalizado. No momento, devemos mudar esta postura profissional, a qual já foi comprovada que não mais atende as nossas expectativas e tão pouco de nossos alunos. Isto é, se desejamos possibilitar na sala de aula o desenvolvimento de sujeitos pesquisadores, questionadores, produtores de seu conhecimento para interferir no meio que estão inseridos.

PROJETO TARSILA DO AMARAL: REFLEXÃO SOBRE O TRABALHO DESENVOLVIDO


1-Identificação do local:
Este projeto ocorreu em uma escola da rede municipal Escola de Ensino Fundamental Dom Miguel Fenelon Câmara, em uma turma de 30 alunos, do 4º ano, elaborado e realizado pela professora regente e a colaboração da coordenadora da escola e de ajudas eventuais de alguns profissionais da escola. As áreas de conhecimentos contempladas foram: Arte, História, Arte, História, Geografia, língua Portuguesa, Matemática, Ética e Pluralidade Cultural.

2--      Título do projeto: Tarsila do Amaral

3-      Características do Projeto: Interdisciplinar. Tendo como ponto de partida do campo do conhecimento da Arte, buscou-se um aprofundamento em entre outras áreas do saber, permitindo uma compreensão mais completa sobre o tema proposto.

4-      Descrição geral
Este trabalho foi em continuidade do Projeto de Arte Pintura Abstrata e Pintura Figurativa, uma vez que a professora acompanhou a turma para o ano letivo seguinte. Com intuito de desenvolver o gosto pela Arte, acompanhando o seu processo evolutivo da pintura diante da sociedade, escolheu-se Tarsila do Amaral que bem representa a incisão da cultural européia e valorização da cultura brasileira. Além disso, o destaque que a artista faz o contexto social possibilitando aos alunos o olhar crítico na sociedade tanto nos dias da produção das telas quanto nos dias atuais.
5- Tecnologias utilizadas
·         Livro paradidático “ Encontro com  Tarsila “ de Cecília Aranha e Rosane Acedo.
·         Telas da artista plástica.
·         Projeção de slides.
·         Vídeo: Entrevista com Tarsila do Amaral.
·         Fotos da artista em várias fases de sua vida.
·         Artigos de jornais ou revistas sobre a importância da pintora.
·         Textos informativos com o contexto histórico das telas: movimentos estéticos e sociais.
·         Objetos criados com o tema Tarsila (copos decorativos).
·         Tinta guache, lápis de cor, releitura da tela em monocromia e policromia.

6-      Comentários
O resultado da aplicação do projeto foi bem positivo. Houve uma grande aprendizagem tanto pela professora quanto pelos alunos. Destes últimos, percebeu-se uma mudança de conduta ao respeitar as produções dos colegas, a compreensão das técnicas de pintura aplicadas, bem como a identificação das fases do trabalho da artista, a percepção dos valores culturais e sociais que Tarsila queria demonstrar em seu trabalho artístico. Isto foi bem visível na última projeção de slides quando a professora fez perguntas pertinentes ao projeto desenvolvido como uma revisão (principalmente aos detalhes que Tarsila do Amaral queria destacar), e as respostas foram acima das expectativas. Convém ressaltar que nesta escola não há laboratório de informática, entretanto, os alunos buscaram alternativas de pesquisa na internet, não a pedido da professora, mas por sua curiosidade. Outros traziam folhas de livros didáticos velhos que destacavam uma tela da Tarsila, e ainda outros comentavam uma reportagem ou comercial na TV que abordou algo relacionado ao projeto. Neste contexto, percebeu-se que houve uma aprendizagem significativa e prazerosa e um suporte para outros momentos de aprendizagem quer na escola como fora dela.

PROJETO TARSILA DO AMARAL

ESCOLA MUNICIPAL DOM MIGUEL FENELON CÂMARA                                               
PROJETO TARSILA DO AMARAL
PROFª MARLI
PÚBLICO ALVO: 4º ANO B DO ENSINO FUNDAMENTAL ( 30 ALUNOS)
                      ANO LETIVO -  2010
TEMPO PREVISTO: DOIS MESES A TRÊS MESES.

JUSTIFICATIVA:
A Arte surgiu com a necessidade do homem exprimir seus anseios, angústias, desejos, desafios de seu cotidiano, isto muito bem representado nas pinturas rupestres nas paredes das cavernas encontrados  até mesmo em nossa região Nordeste. Desde então, o homem tem expressado por meio da escultura, música, literatura, dramaturgia, entre outros, em alguns momentos históricos como meio de registrar o presente e fazer o espectador refletir o que acontece no seu meio e daí, transformá-lo. Por outro lado, em outros momentos a Arte tem surgido como um caminho para fruir a sensibilidade, ou seja, despertar sentimentos inerentes ao ser humano, como a alegria, o prazer, a empatia, a serenidade, respeito como o semelhante e o seu meio, entre outros.
Diante deste contexto, surge a necessidade de expor a geração mais nova este valores muitas vezes não divulgados ou vividos no contexto familiar e mídia. Por sua vez, a escola como formadora de valores e opinião propicia situações pedagógicas que contemplem estes elementos morais essenciais ao homem. Tendo todos estes aspectos em mente, este projeto surgiu como continuidade do trabalho pedagógico de Arte do ano letivo anterior realizado com esta turma, onde foram abordados uma visão geral da história da Arte, Pintura Abstrata e Figurativa (produções de telas em guache individuais), texturas, simetria, biografia de Leonardo da Vinci e estudo sobre a obra de Mona Lisa (releitura). Uma vez que estes alunos tem estudado a vertente da Arte, no caso, a pintura, pensou-se na possibilidade de apresentar uma artista brasileira, Tarsila do Amaral, que tão bem retrata os valores e temas sociais de nosso país, os quais continuam atuais. O projeto pretende tornar compreensível aos alunos a herança cultural a partir do estudo das obras de arte da artista plástica, bem como despertar e desenvolver o interesse pela Arte, e consequentemente estabelecer com os alunos um diálogo sobre o material que será apresentado e por fim, desenvolver o senso de observação e o gosto pelas obras de Arte.

O procedimento metodológico deste projeto tem como critérios o avanço da aprendizagem, a partir dos conhecimentos prévios dos alunos, ampliando sua visão de mundo, possibilitando a construção de uma nova postura frente aos novos saberes.

OBJETIVO GERAL:
Valorizar e apreciar a expressão artística a partir das telas de Tarsila do Amaral, desenvolvendo um olhar crítico social.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
  • Conhecer a biografia de Tarsila do Amaral e compreender seu trabalho ao longo de sua vida.
·         Desenvolver o hábito de observação e apreciação, atentando para detalhes como: cor, forma e textura;
·         Interpretar obras de Arte, compreendendo sua função comunicativa;
·         Estabelecer relações entre obras de Arte e a identidade cultural do Brasil;
·         Representar por meio de desenho a releitura de algumas obras da artista;
·         Estimular a criatividade e a imaginação;
  • Perceber por meio de seus auto-retratos a semelhanças e diferenças da artista.
  • Identificar a brasilidade nas telas de Tarsila em suas cores e formas. (fase pau-brasil)
  • Compreender o objetivo da artista a pintar as anomalias em seus quadros (fase Antrofagia).
  • Apontar os aspetos sociais abordados nos traços da artista em suas telas.
·         Identificar os cenários urbanos e rurais, as cidades brasileiras ou estrangeiras abordadas nas produções estudadas.
·          Desenvolver o senso crítico;
·         Despertar o gosto pela leitura, especialmente pela Arte;
·         Valorizar e respeitar a nossa cultura artística.
METODOLOGIA:
Para atingir tais objetivos serão utilizados como instrumentos didáticos: leitura compartilhada, textos informativos, discussão, slides, produções individuais de releituras de algumas obras de Tarsila  do Amaral, socialização, entre outros.

ÁREAS DO CONHECIMENTO:
  • Arte
  • História                                                          
  • Geografia
  • Língua Portuguesa
  • Matemática
  • Ética
  • Pluralidade cultural

AVALIAÇÃO:
A avaliação da aprendizagem será realizada durante todo desenvolvimento deste projeto, onde serão observados nos alunos alguns itens como: envolvimento, interesse dos alunos, participação, questionamento, criatividade, assiduidade, interesse em ouvir e ler textos informativos, a postura construída diante do novo conhecimento e as produções individuais e coletivas.
CULMINÂNCIA:
               A culminância deste projeto ocorrerá pela socialização dos trabalhos individuais para a comunidade escola e família e apresentação do livro coletivo das telas mais apreciadas pelos alunos com suas observações diante da aprendizagem obtida.

ATIVIDADES PROGRAMADAS:

1º DIA:
Apresentação do projeto. Leitura compartilhada do Livro “ Encontro com  Tarsila “ de Cecília Aranha e Rosane Acedo. Interpretação oral. Produção de texto: O que estou aprendendo sobre Tarsila do Amaral? O que achei de interessante? Socialização das produções (leitura compartilhada). Inicio do registro.

2º DIA: Texto informativo. Biografia de Tarsila do Amaral. Conhecer os Auto-retratos de Tarsila do Amaral. Fragmento do poema “Tarsila” de Carlos Drummond de Andrade. Leitura individual. Interpretação oral. O aluno fazer seu auto-retrato. Socialização.

3º DIA: Projeção de slides. Obras da artista. Explorar seus auto-retratos. Contexto Histórico. Registro individual da aprendizagem retida (continuação).  

4º DIA: Projeção de slides. História dos quadros de Tarsila. Destaques de suas fases de trabalho. Continuação do registro.

5º DIA: Estudo do Quadro Abaporu. Contexto histórico. Releitura das suas estampas. Socialização. Registro dos pontos aprendidos ou interessantes para o aluno (continuação).

6º DIA: Identificação dos aspectos sociais. Telas: Operários, A família. Contexto histórico: O que a artista desejava destacar com as expressões, cores, organização dos personagens, etc.? Pesquisa em revistas ou jornais de fotos que retratem semelhanças das atribuídas às telas. Trabalho em grupo. Socialização.

7º DIA: Releitura da tela “A família”. Trabalho individual. Socialização.

8º DIA: Reconhecimento das formas geométricas utilizada pela artista plástica. Tela : EFCB.

9º DIA: Telas: Carnaval em Madureira, Cartão postal. Reconhecimento de características urbanas nacionais e internacional. Releitura de uma das telas. Escolha do aluno.

10º DIA: Telas: Paisagem com touro, O pescador e Manacá. Percepção de paisagem rural. Revisão: o que é monocromia? Releitura de suas estampas da tela Paisagem com touro. Produção individual.

11º DIA: Telas: A negra, Antropofagia e O ovo ou Urutu. Projeção de slides. Compreensão da fase antrofágica de Tarsila.

12º DIA: Tela: O vendedor de frutas. Retomada da visão da artista do cotidiano brasileiro. Releitura. Trabalho individual . Socialização.
14º DIA: Projeção de slides sobre as fases do trabalho da artista. Assistir vídeo com entrevista com Tarsila (velhice).

15º DIA: Trabalho individual. Pintura em guache segundo a escolha do aluno de uma das telas estudadas neste projeto.

16º DIA: Socialização dos trabalhos para a escola e família.


Bibliografia

Aranha, Cecília. Encontro com Tarsila/Aranha, Rosane Acedo; ilustrações Dadi. –Belo Horizonte: Editora Formato Editorial, 2002. (Coleção encontro com a arte brasileira)

Sites visitados









PROJETO PESSOAL E PROFISSIONAL: UMA COMPLEMENTAÇÃO

PROJETO PESSOAL/PROFISSIONAL
Os dias prósperos não vêm por acaso; nascem de muita fadiga e muita persistência". (Henry Ford)

Para que um ser humano seja produtivo projeta sua vida em planos bem definidos, em sua vida pessoal ou profissional, pois “os dias prósperos não vêm por acaso”. Procuro aplicar este conceito em minha vida pessoal, embora que os imprevistos comuns da vida, venham a retardar um pouco as minhas metas. Mas com “muita persistência” contorno com outras ações e por fim alcanço meus objetivos.
Nós do campo da educação, principalmente da rede pública, estamos mais sujeitos as incertezas para concretizar certas metas. Aprendi desse modo, a tentar planejar ou conduzir situações pedagógicas significativas para aos meus alunos. Não tem sido fácil, entretanto, um projeto pessoal/profissional tem ajudado muito. Isto ocorre por ampliar minha vida acadêmica, como por exemplo, participar no curso Proinfo Integrado, e também buscar novas alternativas pedagógicas em sala de aula.
Neste contexto, o projeto pessoal/profissional se funde, pois, eu como ser humano não consigo separá-lo. Aprendi que a “prosperidade” vem de ”muita fadiga e muita persistência,” e um bom projeto em qualquer segmento de nossa vida.

TRABALHOS TEMÁTICOS: POSSIBILIDADES PARA A CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTOS


TRABALHOS TEMÁTICOS

Tendo por objetivo possibilitar uma aprendizagem significativa para os alunos tem que se levar em conta o nível de aprendizagem que eles encontram (Piaget), no caso, dos meus alunos da 2ª série em 2009, eles se encontravam no estágio concreto necessitando de atividades pedagógicas que os levassem a construção de hipóteses e assim estruturasse o seu conhecimento. Além disso, haveria a necessidade da interação com o outro (Vygotsky) e daí, avançar em seu desenvolvimento para outras aprendizagens (ZDP). Somando a estes fatores, há a necessidade do movimento (Wallon) conduzindo a interação do objeto e do outro.
Diante deste contexto teórico, foi desenvolvido com esta turma alguns Trabalhos Temáticos: A Germinação, O Ecossistema por meio de um terrário, Maquete da sala de aula e Jogos Matemáticos. A partir desses trabalhos os alunos acompanharam o desenvolvimento gradual de uma germinação de uma semente de feijão; observaram à interdependência dos seres vivos (plantas, animais) com a água, luz solar, ar, solo (camadas diferentes), entre outros. Com a maquete conduziu a noção cartográfica, ao produzirem com sucata (caixa de sapato, de fósforo, de remédios, palitos, entre outros materiais). Os jogos matemáticos a partir de Material Dourado, tampas de garrafas pet, cartelas, palitos de fósforo, fichas, entre outros conduziram a compreensão do Sistema Decimal.
Há uma grande necessidade de partir do concreto para construir uma base para o pensamento abstrato. Este ano 2010 acompanho a mesma turma na 3ª série/4º ano, e constantemente faço menção destas atividades do ano anterior para eles perceberem que há uma continuidade em sua aprendizagem. Costumo dizer que é como um quebra-cabeça que devemos ajuntar as peças para dar um sentido ao que estamos montando. E com certeza a aprendizagem fica prazerosa e significativa e consequentemente constrói uma base para futuras aprendizagens.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

TRABALHO TEMÁTICO: Peça teatral: DENGUE

ESCOLA ESTADUAL ROSALVO RIBEIRO
5º ANO A                ANO LETIVO: 2010
PEÇA : DENGUE
PERSONAGENS
1-      Marido – Juca (Borracheiro, autoritário)
2-      Esposa – Cida (Faxineira, gosta de conversar)
3-      Filho- Michael (9 a 11 anos, alegre, ativo, gosta de estudar)
4-      Vizinha – Bete ( amiga de Cida, mora ao lado da casa da amiga, crítica, desatualizada com os acontecimentos e  incrédula com a ciência)
5-      Agente de Saúde – Carlinhos (Educado, mora no mesmo bairro)

CENÁRIOS
1-      Quintal
2-      Sala da família Silva

CENA 1:       Cida e Bete conversam enquanto lavam roupa (quintais vizinhos).
CIDA: Você soube Bete, que vai faltar água amahã? Deu no rádio e na televisão que serão três dias.
BETE: Ah! Meu Deus! Quando isso vai parar? Lá vai eu de novo encher tudo que é coisa. Você não se lembra da outra vez, tinha que dormir de madrugada para pegar água, lavar roupa e prato?
CIDA: E eu não me lembro, mulher?!! Foi aquele sufoco. A gente nem dormia de noite. E o pior é que com esta história de dengue, juntar água é perigoso.
BETE: Ah! Cida, mulher! E você ainda acredita nesta história! Pois é tudo conversa. Isso de Dengue, é gripe que muda de nome. Antes era gripe, depois mudou para virose e agora é Dengue.
CIDA: Mas na televisão passou que o negócio é sério.
BETE: Se a gente for na onda em tudo que diz na televisão a gente está perdido. Pode apostar  nisso.
CIDA: É mesmo Bete. ( Michael chama pela mãe). Peraí, menino, deixe de vexame!! Vou ver , Bete, o que esse menino quer. Ora essa, que aperreio do Michael.
Cena 2 :  Sala da família Silva
CIDA: O que é Michael? Eu já não te falei que não é pra entrar assim gritando? Fale logo, o que você quer.
MICHAEL: OLHE, UM TRABALHO DA ESCOLA! A professora pediu para a gente fazer uma pesquisa em nossa casa onde podemos encontrar focos da Dengue. A senhora me ajuda?
CIDA:  Focos o que é isso?
MICHAEL:  São locais onde se pode encontrar ovos, lavas ou mosquitos da Dengue.      
CIDA: Ah!!! Menino, não venha com mais serviço para mim não. Não basta esta falta de água e eu tenho que fazer todo o serviço de casa. O seu pai não quer saber de nada. Quando chega ele quer encontrar tudo pronto. Tudo na mão. Você conhece como ele é.
MICHAEL: Mas, mãe, isto é importante. É pra nota e a professora disse que a Dengue é um problema de todos.
MICHAEL: Olha, Michael, deixa de sua conversa. Veja, seu pai já chegou para almoçar.
Juca chega falando alto e com autoridade e carregando um pneu.
JUCA: Mulher, cheguei.!!!! Bota logo esta comida. Estou morrendo de fome. Vou colocar este pneu no quintal para depois levar para a oficina.
MICHAEL: Não , pai! É perigoso.!Pode juntar água de chuva e ser um criadouro par ao mosquito da Dengue.
JUCA: Deixe de conversa, menino. Você sabe não sabe o que está dizendo.
MICHAEL: Não pai. Aprendi na escola e passa toda hora na televisão.
Juca: Isto é besteira. Tu parece um papagaio repetindo tudo o que os outros dizem. E este almoço, sai ou não sai, Cida.
CIDA: Já estou botando, homem. Calma!!! Pois, é Juca, o Michael veio com esta conversa de trabalho da escola para eu ajudar. Se não já me bastasse ter que ajuntar água, pois você sabia que vai faltar água três dias?
JUCA: Só faltava essa. Aqui neste lugar não tem jeito mesmo.

Cena 3                         (Cida está costurando na sala e ajudando Michael na pesquisa da escola)
MICHAEL: Aqui eu tenho que marcar com um x os locais que podem juntar água e assim criar um foco para o mosquito da Dengue.
CIDA: Lá vem você com essa história de focos. Eita!! Tem alguém batendo, vai ver Michael quem é.
MICHAEL: Mãe, é o Carlinhos! O filho do Seu Pedro da venda!
CIDA: Oi, entra Carlinhos. Ah! Tá trabalhando agora na Saúde?
CARLINHOS: É sou Agente de Saúde, no controle da Dengue. No nosso bairro foi encontrado muitos focos da Dengue e pessoas já foram diagnosticadas como suspeitas da doença.
CIDA: É mesmo, Carlinhos? Eu tenho as minhas dúvidas. É como diz a minha vizinha daqui, a Bete, eu acho que é uma gripe, uma constipação como dizia a minha mãe, e hoje chamem de Dengue.
CARLINHOS: Não, Cida. A situação é séria. Este mosquito aumenta rapidamente porque as pessoas deixam acumular água em plantas, garrafas, pneus...
CIDA: Ih!! O Juca tem sempre deixado no quintal uns pneus por do trabalho e umas garrafas, você sabe, ele gosta de umas cervejinhas.
CARLINHOS: O erro está em deixar estes objetos em lugares descobertos.  Agora, você pode me dar de verificar o seu banheiro, quintal e depósitos de água?
CIDA: Claro, Carlinhos. Vamos entrando. Michael, fica aí estudando e já volto pra te ajuedar neste bendito trabalho da escola.
MICHAEL FICA RESPONDENDO A PESQUISA.  CARLINHOS E CIDA RETORNAM PARA A SALA.
CARLINHOS: É Cida, você tem que esvaziar estes depósitos de água. Lavar bem com escova e sabão, pois foram encontrados larvas do Aedes Egypte.
MICHAEL: O que, Carlinhos! Foram encontrados focos aqui em casa?
CIDA: Cala a boca, menino! Deixa de ser mal educado!!! Fala, Carlinhos. O que você estava mesmo dizendo?
CARLINHOS: Que você tem que ter mais cuidado. Retirar os pneus e garrafas do quintal, esvasiar os depósito de água e lavá-los bem com escova e sabão.
CIDA: Mas isto, eu não posso fazer! Vai faltar água três dias. Você não está sabendo, não?
CARLINHOS: Sim, eu estou sabendo. Mas está em risco a saúde de sua família. Lembre-se se alguém sentir dor de cabeça, dor no corpo, febre alta, manchas na pele, vômitos, náuseas ou falta de apetite leve ao Posto de Saúde. E não dê AAS porque pode agravar a doença.
CIDA: Está bem, Carlinhos. Muito obrigada.
Eu vou ver o que posso fazer.
CARLINHOS: Eu já vou indo. Até próxima visita.

CENA 4  ( Família Silva reunida na sala assistindo TV. Juca cochilando. Michael um pouco quieto.)
CIDA: Quem teve aqui foi o Carlinhos, filho do seu Pedro  da venda. Ele é agora da Saúde. Veio falar sobre a Dengue. Disse umas coisas que eu tinha de fazer, como jogar a água dos túneis. Mas vê se pode. Logo agora que está faltando água? Vê lá se eu vou fazer isso, não é verdade? Você está me ouvindo Juca?
JUCA: Tô, mulher. Vou para a cama. Amanhã tenho que acordar bem cedo.
MICHAEL: Mãe, tô com frio. E a minha cabeça tá zonza.
JUCA: Ih! Será que é catapora! Leva ao posto. Não vai fazer faxina amanhã não, tá me ouvindo? Amanhã você liga pra mulher avisando.
CIDA: Tá bom. Vou fazer isso.

CENA 5       (Cida e Bete conversam pela cerca dos quintais)
BETE: Eita, Cida!! Você saiu cedo hoje, heim?
CIDA: Foi, mulher. Fui para o Posto levar Michael. Estava se queimando de febre, vomitando, se força, e olhe que quando Michael vem ficar quieto é que alguma coisa está errada.. Fiquei com medo e corri logo cedo pro Posto.  Ele fez exame de sangue e não é que deu a tal Dengue!! Tava lá o Carlinhos, o filho do seu Pedro da venda.  Aí, ele falou dos focos que foram encontrados aqui em casa.
BETE: E aí, o que você vai fazer?
CIDA: Ah, vou derramar toda essa água dos tonéis, lavar com sabão e escova, dar um fim nestas garrafas e o Juca tem que dar um fim nestes pneus. Eu não quero nem saber!!!
BETE: Ih!!! Já vi que o negócio é sério mesmo!!!
CIDA: Claro, mulher! E você também cuide de limpar bem o seu quintal, trocar as plantas que são de água para a terra, olhar as calhas se não tem água acumulada, tampar bem as vasilhas com água e até a vasilha de água do Bethoven tem que lavar bem lavadinho com escova e sabão.
BETE: Poxa, vida!!! Você está mandando até na minha casa?!!
CIDA: Claro, Bete! O Carlinhos me explicou bem direitinho. Este problema não é só meu. É seu, é de todo mundo. Não adianta eu cuidar de minha casa e os vizinhos descuidarem . Afinal, o mosquito que transmite a doença vai em todas as casas. Hoje é o Michael, amanhã pode ser eu, você ou seu filho.
BETE: Ah, meu Deus!! Não quero nem pensar nisso! Vamos logo cuidar disso. O que você acha de falar com os vizinhos, fazer um mutirão de limpeza?
CIDA: Eu acho ótimo. Vamos conversar com o Carlinhos para que ele nos oriente como devemos proceder.