Sequencia didática - Tarsila do Amaral

Sequencia didática - Tarsila do Amaral
SEQUENCIA DIDÁTICA TARSILA DO AMARAL -Releitura - 2010

quarta-feira, 29 de junho de 2011

IDENTIFICAÇÃO DE MUDANÇAS (retrospectiva de uma atividade reflexiva em grupo)

Curso: Tecnologias na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC
Tutora: Riva Magna Alécio Mota
Unidade IV
Atividade- 4.1
Cursistas: Adriana Santos, Alba Rocha, Alessandra Aparecida, Danyelle, Edleuza Leite, Eliziane Terencio, Ereny, Flávia Campelo, Genalva Eloi, Heloisa Lima, Khatleen, Maria Rosilene, Marli Santana, Mônica Polito, Ricardo Lisboa, Rosemilda, Sebastiana Maria, Sidclay de Menezes, Simone Calheiros e Valdir Albuquerque.



IDENTIFICAÇÃO DE MUDANÇAS
QUESTIONAMENTO

Será que usando computadores e Internet nas atividades curriculares faremos as mesmas coisas que fazíamos antes? 
Será que haverá mudanças em nossa atuação docente?
O que mudará na aprendizagem do aluno?
Que novos aspectos vão requerer maior atenção de nossa parte? 
Poderemos criar novas estratégias que potencializem a aprendizagem de nossos alunos?
                            
                  
 “Se os seus sonhos estiverem nas nuvens, não se preocupe, pois eles estão no lugar certo. Agora construa os alicerces.” (Shaskespeare)
                            
                                                                             
O professor que deseja alcançar a sua meta como educador, isto é, ser mediador do aluno e o seu processo de aprendizagem, estará sempre  “construindo seus alicerces”, procurando mecanismos diferenciados diante do seu contexto. Com certeza haverá mudanças significativas, pois estamos buscando aprimorar nossos conhecimentos, à medida que em cada formação nos permite um suporte para melhorar o processo ensino/aprendizagem. Não há mais lugar para professor de educação bancária. É preciso que o professor se lance no mundo das mídias e, principalmente no mundo virtual no quais seus alunos navegam diariamente. Como diz Pedro Demo ao ser entrevistado, "Temos que cuidar do professor, porque todas essas mudanças só entram bem na escola se entrarem pelo professor – ele é a figura fundamental."
Hoje a escola tem a necessidade de acompanhar toda essa evolução inserindo no processo de ensino e aprendizagem, buscando a interação do aluno nesse contexto. Com o advento do computador e da Internet, o professor tem uma ferramenta de suma importância para interagir com o mundo. A partir do acesso que se tem a essas ferramentas, já não somos as mesmas pessoas, quiçá os mesmos educadores. Os conteúdos curriculares até podem ser os mesmos, porém, as atividades a serem propostas se apresentarão de forma mais contextualizadas e prazerosas. A Internet abre um leque enorme de possibilidade que enriquece o nosso fazer pedagógico e incita o alunado às novas buscas. Partindo assim, da qualidade do material enquanto opção para construção dos novos saberes. Com certeza, novas estratégias irão surgindo, à medida que empenhamos a buscar, perguntar, questionar, refletir em pesquisa na internet ou com colegas de trabalho.
  As mudanças na atuação do professor surgem não como uma opção, mas como uma necessidade, para atingir o seu objetivo: mediar à aprendizagem do aluno. Atualmente, precisamos adaptar a escola para as novas necessidades dos educandos. Conforme Pedro Demo, "nós temos que restaurar a escola para ela se situar nas habilidades do século XXI, que não aparecem na escola. Aparecem em casa, no computador, na internet, na lan house, mas não na escola." Vemos que essa escola precisa acompanhar a evolução tecnológica, pois o aluno já está fora dela, buscando esta inclusão que é fundamental para seu aprendizado.
Por estarmos inseridos em um mundo globalizado, hoje o aluno precisa ser preparado para conviver nesta sociedade que exige novas habilidades e competências. Para isto, exige-se que desenvolva um sujeito que esteja apto a pensar, criar e propor soluções para resoluções de problemas, considerando sempre esses avanços sociais, entre eles a utilização dos recursos tecnológicos.
Entretanto, um aspecto que merece maior atenção é a formação dos professores, pois são eles que estão em contato com os alunos e todas essas mídias e tecnologias que estão presentes no nosso cotidiano. Pedro Demo afirma:
Para mim, essa grande mudança começa com o professor. Temos que cuidar do professor, porque todas essas mudanças só entram bem na escola se entrarem pelo professor - ele é a tecnologia das tecnologias, e deve se portar como tal.

                             
Assim a atuação do professor é de fundamental importância para o desenvolvimento das atividades, que são novos paradigmas na escola. Muitos de nossos alunos estão em contato diariamente com as tecnologias e conseguem dominar muitas coisas que nós ainda não conseguimos. Isso exige de nós uma preparação adequada para realizarmos nosso trabalho de forma eficiente. Além disso, o professor deve estar preparado para identificar o que o aluno precisa e apresentar a dimensão pedagógica das TIC  e desenvolver projetos de inclusão que permitam articulação na comunidade escolar e que propicie uma aprendizagem significativa. Para alcançar tal objetivo é necessário que a escola se organize ao trabalhar suas comunidades, pois a mesma não se faz apenas com professores e alunos e sim com o conjunto  todo articulado  de aluno, professor, gestão e família.
Outro aspecto que requer nossa atenção é o direcionamento dos conteúdos e atividades, devemos fazê-lo de forma que os alunos não desviem sua atenção para conteúdos que não envolvam os objetivos da aula. Devemos destacar a importância da realização de nossas pesquisas e nosso planejamento envolvendo as mídias e tecnologias nas nossas aulas de forma que tornem os conteúdos mais concretos, claros e prazerosos para nossos alunos, contribuindo desde modo com a construção do conhecimento.
O professor de hoje precisa ser um empreendedor descobrindo novos caminhos, incrementando suas aulas, e, permitir que o aluno elabore seus conhecimentos. Como afirma ainda Pedro Demo:
É melhor dar menos aulas e cuidar que o aluno pesquise, elabore, escreva - aprenda. Aí entra a questão da linguagem de mídia: a língua hoje não é dos gramáticos, é de quem usa a internet. Então a língua vai andar mais, vai ter que se contorcer, vai ser mais maleável. (...) Assim como é impossível imaginar que exista uma língua  única no mundo, também existem as línguas concorrentes. As sociedades  não  se unificam por língua, mas sim por interesses comuns, por interatividade (como faz  a internet por  exemplo).  

É com essa visão que o professor deve desenvolver suas ações educativas buscando proporcionar ao aluno atividades que façam interagir com essa sociedade em que ele se encontra inserido. Nesse sentido, a utilização da internet mudará o comportamento do   aluno, aproximando-o mais das atividades das escolas, já que estas são do interesse dos mesmos.
É preciso ter consciência inovadora devido à necessidade de um aprendizado diferenciado, visto que as crianças têm acesso à escola e consequentemente também deveriam ter às tecnologias.  Muitas destas crianças têm acesso a estes instrumentos e consequentemente têm ao seu favor uma troca de informações, saberes, enquanto outras que estão fora dessa realidade, ficando assim a margem. Diante disso, chama-se a atenção ao professor sobre os avanços tecnológicos e sua mediação ao atender as diferentes necessidades de seu alunado, o qual é sempre heterogêneo.
Para atender tal público, várias são as possibilidades: apresentações de vídeos, imagens, sons, acesso interativos, contribuições on lines, entre outros. Uma das estratégias que acreditamos enriquecer o trabalho educacional é por exemplo, a utilização da Wikcionário. Como vivemos em um país rico em diversidade cultural, poderíamos utilizar este recurso (Wikcionário) como ferramenta para conduzir o aluno a perceber esta variedade cultural, pois o mesmo elemento tem denominações diferentes e com algumas semelhanças em suas características a depender da região em que está inserido. Pode assim possibilitar o aluno compreender que por um lado a uma variação cultural e por outro lado que o conhecimento não está acabado, podendo assim está sujeito à complementação de acordo com sua percepção.
Seguindo estes pontos de vista, concordamos com as palavras de Pedro Demo:
Mas nós temos que restaurar a escola para ela se situar nas habilidades do século XXI, que não aparecem na escola. Aparecem em casa, no computador, na internet, na lan house, mas não na escola. A escola usa a linguagem de Gutenberg, de 600 anos atrás. Então acho que é aí que temos que fazer uma grande mudança. Para mim, essa grande mudança começa com o professor.

Diante este contexto, concluímos que os primeiros passos desta mudança foram dados. Pois, ao buscarmos caminhos e trilhas diferentes e assim possibilitar olhar por outros ângulos nossa prática pedagógica, não nos contentaremos em permanecer nos mesmos moldes da nossa formação inicial. Além disso, acreditamos por um lado, na nossa disposição de aprender algo novo e de ter a humildade de persistir em compreender novos saberes e pô-los em prática mesmo em frente de inúmeras dificuldades. E por outro lado, acreditamos também nas competências que podem ser desenvolvidas em nossos alunos, desde que os mesmos estejam inseridos em situações pedagógicas favoráveis e consequentemente estas novas habilidades aprendidas estejam presentes nos seus cotidianos e possibilitando-os para novas aprendizagens.

 

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