Bento Duarte da Silva destaca a abrangência das tecnologias em toda a sociedade e não diferentemente na escola, permitindo novas situações de aprendizagens tendo o aluno como centro desse processo. No entanto, é necessário dos professores uma reformulação constante destes mecanismos tecnológicos por esta sempre se aperfeiçoando para assim compreender em que momento deve ser integrado nas atividades pedagógicas. Se não houver esta disposição da parte do professor à escola irá ficar alheia a esta constante mudança. Como já estudado neste curso, segundo Pedro Demo, a mudança deve começar pelo professor.
Isto faz sentido, quando o educador busca uma mudança em sua prática pedagógica. Este autor afirma: “Essa mudança iniciaria através de uma organização orientada pelos princípios da pedagogia diferenciada e dos modelos construtivistas da aprendizagem cujos objetivos assumissem que o indivíduo é o centro condutor das ações e atividades realizadas na escola.”. Somando a este conceito, Bento Duarte diz que a escola deve propiciar momentos pedagógicos onde há a reflexão da parte do aluno ao interagir com o conhecimento, possibilitando-o a organizar, associar, relacionar, discutir, debater, interagir informações, entre outras habilidades.
Par isto, a formação do professor é essencial, pois, ele deve entender como ocorre a aprendizagem e que meios devem ser seguidos para que ela se desenvolva de fato. Neste contexto, as TIC vêm a ser ótimas alternativas, desde que o professor atue em três dimensões: a tecnológica, a expressiva e a pedagógica. Dessa forma, a escola está desenvolvendo uma aprendizagem significativa, pois ela vê o aluno não apenas como um sujeito pensante, mas como um indivíduo com todas as necessidades de um ser humano.
É interessante a abordagem deste autor para a necessidade da mudança da filosofia da escola. Neste sentido, acredito que a escola deve refletir que tipo de homem deseja e para que tipo de sociedade ela queira formar e dessa forma, rever seu papel de atuação neste contexto. Esta reflexão deve estar sempre presente em nosso planejamento, nas discussões pedagógicas com o corpo docente e/ou núcleo gestor da(s) escola(s) em que trabalhamos para não sermos simples reprodutores do sistema.
Creio que se não tivermos esta consciência política os aplicativos tecnológicos que aprendemos durante este curso não terão os resultados desejados. Pois, nós como educadores temos como meta tornar nossos alunos em sujeitos pensantes, críticos e que relacionem com subjetividade o que acontece em seu meio. E a partir desse pressuposto eles possam transformar se necessários o seu contexto viabilizando os mecanismos tecnológicos, estatais, profissionais, entre outros, disponíveis na sociedade.
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