Sequencia didática - Tarsila do Amaral

Sequencia didática - Tarsila do Amaral
SEQUENCIA DIDÁTICA TARSILA DO AMARAL -Releitura - 2010

sábado, 21 de maio de 2011

O PSICOPEDAGO X SALA DE RECURSOS X SALA REGULAR

Inicialmente a Psicopedagogia surgiu para atender crianças e adolescentes que eram excluídos, devido a diversos fatores. Atualmente, a Psicopedagogia é vista como uma área, que além de estudar, lida com os processos de aprendizagem e suas dificuldades.
            O Psicopedagogo pode atuar na área clínica ou institucional, que abrange as escolas, empresas, hospitais, ou seja, qualquer instituição. O trabalho do psicopedagogo na área clínica é realizado em consultório, voltado para a história pessoal do indivíduo e sua modalidade de aprendizagem. Na área institucional, o trabalho é prioritamente de prevenção.
A inclusão é um conceito revolucionário, que busca remover as barreiras impostas pela exclusão em seu sentido mais pleno.  Aplica-se a todos que se encontram permanente ou temporariamente incapacitados, pelos mais diversos motivos, a agirem e a interagirem com autonomia e dignidade no meio em que vivem, pois a constituição afirma que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se, entre outros, o direito à vida, plenitude do seu existir, participando ativamente da construção da sua vida pessoal, tendo uma existência digna, feliz e de qualidade.
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDEBEN, sancionada em 20 de dezembro de 1996, não se pode negar a nenhum aluno a matrícula obrigatória nas escolas comuns do ensino regular. Contudo, as escolas regulares, precisam contar com os meios apropriados e suficientemente flexíveis, para facilitar a tais educandos pleno desenvolvimento e real integração social na comunidade em que vive.
Segundo estimativas da ONU, as pessoas portadoras de deficiências representam cerca de 10% da população mundial, mas em países do terceiro mundo como o Brasil, esse percentual pode ser mais elevado, pois as condições sócio-econômicas da população são precárias. Contudo, as oportunidades oferecidas pela sociedade aos alunos considerados “normais”, devem ser extensivas aos alunos especiais.
Alguns desses alunos necessitam além do ensino comum, orientações e recursos especiais para atingir o rendimento máximo de suas potencialidades. Algumas escolas possuem a sala de recursos, que é um apoio pedagógico focalizado na dificuldade de aprendizagem do aluno, também existem as escolas especiais, freq6uentada no horário oposto ao da escola do ensino regular.
Sendo assim, percebemos que a inclusão nas escolas regulares necessita ser realizada de forma consciente, planejada, com métodos e processos de ensino adequados, respeitando as diferenças, com capacitações para os professores, desmistificado dessa forma, seus conceitos e pré-conceitos, mudando assim a visão desses professores para com esses alunos, melhorando tanto a relação professor-aluno, como ao processo de ensino-aprendizagem.
Neste contexto, entra o trabalho do psicopedagogo, o qual tem como uma de suas funções detectar os problemas de aprendizagem, e a partir daí, auxiliar a instituição escolar com planos educacionais através de seu diagnóstico e com propostas de metodologia, colaborando dessa forma na melhoria do processo de ensino-aprendizagem. Segundo Igea isto consiste em um dos desafios no âmbito escolar que é:
Saber planejar estratégias pedagógicas a partir de uma concepção do professor como “gestor da trajetória de aprendizagem dos alunos” e como “mediador entre os recursos humanos e materiais disponíveis” (alunos-alunos; aluno-produto multimídia; aluno-aluno de outro centro escolar; professor-aluno; aluno-educador social, etc). (2005, p. 27).

A falta de orientação psicopedagógica  aos professores das salas de ensino regular é um dos motivos, pelos quais a visão dos mesmos para com esses alunos, ainda está longe de uma visão inclusiva. Dessa maneira, esse não saber dos professores se reflete em sala de aula no trato com esses alunos, no despreparo e limitação expressos na ação pedagógica, pela falta de conhecimento sobre a inclusão e como trabalhar com os educandos que possuem dificuldades de aprendizagem, repassando assim, exclusivamente para a professora da sala de recursos toda a responsabilidade pelo processo de aprendizagem desses alunos.

Entretanto, este pensamento e ação pedagógica necessitam ser estendidos aos outros profissionais desta unidade de ensino. Segundo Montoan (2004) para que haja a inclusão é necessário reconhecer e valorizar as diferenças, considerar a pluralidade do aluno, e a partir daí, construir a idéia de identidade móvel que irá desconstruir o sistema de significação excludente, normativo e elitista. Esta autora citando Hall (2000) diz:
O aluno da escola inclusiva é outro sujeito, que não tem identidade fixa, permanente, essencial. Esse aluno engloba um conjunto diversificado de identidades, diante de um eu que não é sempre o mesmo, seguro e coerente, mas um cambiante, cada um dos quais podemos nos confrontar e nos identificar temporariamente. ... Se a identidade é referência, podemos inventar o que quisermos para agrupar e rotular os alunos. Se a diferença é tomada como parâmetro, não fixamos mais na identidade como norma e fazemos cair toda uma hierarquia das identidades e diferenças que sustentam a “normalização”. (p. 6)

As diferenças dos alunos deveriam servir como parâmetro na busca de novas trilhas educacionais, para as quais não existem receitas. Para alcançar estas metas pode-se proporcionar primeiramente momentos reflexivos sobre a prática educativa e individual, visando à construção de caminhos que possam ser estendidos a todos envolvidos na trajetória da inclusão, isto é, que vai além dos muros da escola ao buscar parcerias, pesquisas e orientações para superação de suas dificuldades. Neste sentido, Montoam (2004) declara:
Temos insistido para os professores e dirigentes dos sistemas educacionais reconheçam que escolas devem se entrelaçar e configurar verdadeiramente uma rede de ensino. Com isto queremos dizer que as escolas precisam se reconhecer como fios do tecido formado pelos sistemas educacionais. Esses são organizações que auto-regulam, engedrando um jogo permanente um jogo entre as pessoas que as compõem e as influências externas. (p. 7)

No entanto, diante de um contexto onde há alunos com deficiências de aprendizagem  e a escola perpetua uma visão cristalizada entre professores e coordenação em que vê como único meio de vencer esta dificuldade, a professora de recursos. Esta visão necessita ser revista, pois não cabe a um só segmento da unidade escolar a responsabilidade pela inclusão, mas a uma dinâmica de todos os profissionais envolvidos, inclusive a família, no processo de aprendizagem. Neste sentido, Montoan (2004) diz:
A inclusão escolar, sendo decorrente de uma educação acolhedora e para todos, propõe a fusão das modalidades do ensino especial e regular e a estruturação educacional, consubstanciada na idéia de uma escola única. A pretensão é unificar o que está fragmentado, dicotomizada, tratado isoladamente e oficializado em sub-sistemas paralelos. (p. 4) (grifo nosso)

Percebe-se a proposta de intervenção psicopedagógica com uma perspectiva de discutir a inclusão, visando desmistificar uma concepção fragmentada, dicotomizada, onde recai sobre um só profissional, dentro da escola a responsabilidade com os alunos com necessidades especiais.
Neste sentido concluí-se que um trabalho psicopedagógico irá proporcionar situações reflexivas ocasionado questionamentos na prática educacional individual e/ou coletiva e auxiliando os professores do ensino regular a trabalhar com os alunos especiais. Dessa forma, possibilitará a todos envolvidos neste processo uma reflexão de
... suas práticas, antes de buscar o fracasso e as deficiências nos alunos e para que localizem as barreiras que estão obstruindo as vias duplas do aprender e do ensinar, aprendendo com suas próprias experiências do trabalho. [Procurar] despertar o hábito do trabalho cooperativo e da reflexão coletiva sobre os problemas e as atividades profissionais desenvolvidas [na escola]. Montoan (2004, p. 8)





REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HALL. S (2000) A identidade na pós-modernidade. Tradução: Tomaz Tadeu da Silva. Guaeira Lopes Louro. 4ª edição. Rio de Janeiro: DP7A.

IGEA, Benito Del Rincón. Presente e futuro do trabalho psicopedagógico. Trad. Antonio Feltrin. Porto Alegre: Artmed, 2005.

MONTOAN, Maria Teresa Eglér. Produção de conhecimento para a abertura das escolas às diferenças: a contribuição do LEPED/Unicamp. Laboratório de Estudos e pesquisas em Ensino e Diversidade. http//www.fac.unicamp.Br/leped. 2004.

___________ Inclusão ou o direito de ser diferente na escola. Construirnotícias. Ano 03. nº 16. Maio/Junho/2004.

SANTIAGO, Sandra Alves da Silva. Mitos e verdades que todo professor precisa saber. Construirnotícias. Ano 03. nº 16. Maio/Junho/2004.


ANÁLISE DA ESCRITA – UMA REFLEXÃO

De acordo com as pesquisas de Emília ferreiro a escrita da criança é um processo de construção pessoal que a mesma ao ingressar na escola traz consigo hipóteses a respeito da língua escrita e da leitura.
Há um percurso psicogenético dessas hipóteses, as quais passam pelas seguintes fases:
Fase 1: Icônico – (desenhos) grafismos, representam a forma dos objetos. Não- icônico -grafismos com formas arbitrárias e a ordenação linear – primeiras características da escrita pré-silábica.
Fase 2: Pré-silábica - não compreende a relação entre a escrita e os aspectos sonoros da fala. A quantidade de letras (nunca inferior a três) e a variedade entre elas ( que não podem ser repetidas).
Fase 3: Silábica – a escrita representa partes sonoras da fala, só que cada letra vale por uma sílaba.
Fase 4: Silábico-alfabético – (transição do silábico para o alfabético) – o sujeito é capaz de abstrair as regras do seu sistema de escrita, percebe que escrever é representar as partes sonoras das palavras.
Fase 5: Alfabética – a criança já lê e escreve conscientemente compreendendo o que é socialmente estabelecido, que cada grafia representa um fonema da língua. Não escreve um fonema da língua. Não escreve ortograficamente.
É importante ressaltar que em termos evolutivos a criança com deficiência mental passa pelas mesmas etapas de desenvolvimento da construção da escrita, porém mais lentamente e com maior dificuldade.
Por outro lado, a criança deficiente ou não, deve ser estimulada através do meio onde haja informações disponíveis sobre a escrita (jornais, revistas, cartas, listas telefônicas, bilhetes, entre outros), pois facilita o seu trabalho cognitivo na construção da escrita.

PINTURA ABSTRATA E FIGURATIVA ( Retrospectiva)

Escola Dom Miguel Fenelon Câmara
2ª série B  - 2009               Profª Marli

PINTURA ABSTRATA E FIGURATIVA
(Retrospectiva)


ORIGEM DO TRABALHO:
Inquietação da professora em desejar oferecer algo diferente aos alunos em Arte.
Formação continuada na Semed (2005).
Acrescentar e/ou enriquecer a cada ano letivo o trabalho pedagógico.

OBJETIVOS:
Trazer à tona aos alunos a sensibilidade e a percepção ao observar a Arte com um novo olhar à sua realidade.
Levar o aluno a perceber-se como um artista, bem como os seus colegas com suas variações artísticas.
Entender que a leitura do mundo vai além dos contidos nos livros.
Conhecer algumas expressões artísticas e fazer uma releitura.
Perceber algumas características comuns em uma tela (textura, nome à tela e do autor, moldura, exposição)
Elevar a auto-estima do aluno ao produzir as suas telas e expô-las ao público.

DESENVOLVIMENTO:
Exposição de lâminas com contexto histórico (pinturas rupestres, esculturas de povos antigos, pinturas figurativas e abstratas)
Cores primárias, secundárias, terciárias, neutras, quentes e frias (lápis de cor ou giz cera a figuras)
Produção de tela: pintura abstrata com figuras geométricas (tinta guache)
Nomes às telas. Moldura. Exposição.
Produção de tela: pintura figurativa com tinta guache.
Nomes às telas. Moldura. Exposição.
Textura com lápis de cor (degradée). Pontilhismo (hidrocor, cola colorida): colagem com folhas desidratadas.
Simetria com guache e recorte.

ARTISTAS TRABALHADOS:
Michelangelo (lâminas com alguns trabalhos: pintura e escultura)
Leonardo da Vinci (biografia, Mona Lisa, releitura)
Tarsila do Amaral (biografia, Auto-retrato, releitura, Abaporu)
Rosalvo Ribeiro (biografia, obras, Sans-Souci, releitura)

VISITA AOS MUSEUS:
Pierre Chalita
Floriano Peixoto
Théo Brandão






sábado, 6 de novembro de 2010

JOGOS EDUCATIVOS- Escola Municipal Dom Miguel Fenelon Câmara


JOGOS EDUCATIVOS: um aliado para o professor e os alunos

Para que haja uma aprendizagem significativa as crianças são necessárias  proporcionar situações pedagógicas com jogos tais como quebra-cabeça, jogo da memória, entre outros. Entre estes recursos está o Material Dourado, o qual possibilita a compreensão dos agrupamentos  e daí o conceito do Sistema Decimal.
O professor entende a partir de leituras teóricas (Piaget, Vigotsky, Wallon, entre outros) que  na fase que se encontram as crianças dos anos iniciais necessitam de recursos matériais para que entendam o abstrato, isto em todas as áreas do conhecimento. Além disso, ao trabalhar em dupla ou em grupo há a interação, o movimento, a troca de saberes ou experiências que conduzem a construção de novos conhecimentos atuais e futuros.

Conceito de agrupamentos- Material Dourado
 


Alegria na troca de saberes
 

Interação na construção do conhecimento

Trabalho em grupo - 2ª série - 2009
 

Jogos em dupla - 2009

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

ANÁLISE DO PROJETO NA AÇÃO


Projeto: Cândido Portinari
Escola: Dom Miguel Fenelon Câmara
Disciplinas: Arte, Língua Portuguesa, História, Geografia, Matemática, Sociedade e Cultura, Ética
Ano:
Turma: B
Duração prevista: dois meses

1-    TEMA
O tema Cândido Portinari foi proposto com a finalidade de os alunos compreendessem a Arte em suas várias formas de expressões como a Pintura, a Dramaturgia, a Dança, a Música, a Literatura, entre outros. Estes segmentos possibilitam uma leitura da realidade de diferentes focos, os quais devem ser respeitados e valorizados. Diante deste contexto, percebe-se que com o decorrer deste projeto que os alunos demonstram a sensibilidade ao entender Portinari, como por exemplo: o porquê de escolher certas cores, o motivo de pintar de tamanho exagerado alguns detalhes da obra, o que o artista desejava retratar com determinadas cenas, de onde ele buscou inspiração de sua obra, entre outros. Vale à pena ressaltar que a compreensão destas características foi facilitada porque este projeto foi antecedido pelo Projeto Tarsila do Amaral, o qual proporcionou uma base para o estudo deste tema.

2-    DISCIPLINAS
Entre as disciplinas envolvidas neste projeto observou-se que o PITEC e a Arte, História e Língua Portuguesa estão estreitamente em parceria, principalmente nas pesquisas da professora sobre o artista, com o uso da Internet, a qual foi de suma importância, para obter como, por exemplo, a biografia, as telas selecionadas para estudo, atividades e projetos pedagógicos, entre outros. No que tange aos alunos assistirem ao documentário sobre Portinari, visualizarem a sua terra natal, depoimentos de pessoas ligadas ao artista, conhecerem a casa, a qual é atualmente museu Portinari, possibilitou uma visão da importância do Projeto.

3-    OBJETIVOS
O Projeto Cândido Portinari tem como objetivo elevar a auto-estima dos alunos, despertarem a sensibilidade, aguçar o senso crítico diante da realidade, valorizar as diversidades, desenvolver valores éticos e estéticos, entre outros. Diante deste contexto, o desenvolvimento do projeto tem atingido estas expectativas, pois os tem identificado características estéticas presentes nas telas de Portinari, no caso, o segmento Natureza-Morta; os alunos valorizam suas produções e as dos seus colegas durante a socialização dos trabalhos no painel a cada aula, e, além disso, eles têm a curiosidade de conhecer mais detalhes do artista plástico, fato este percebido ao assistir o documentário e pelas perguntas das próximas etapas do projeto.

4-    AÇÕES
As ações previstas para a professora foram realizadas tais como a pesquisa na Internet como fonte de material para este projeto. Quanto aos alunos, eles assistiram ao documentário Imaginário Portinari, conheceram algumas telas, estudaram texto informativo sobre a biografia do artista plástico, fizeram produções individuais (auto-retrato e tela de Natureza-morta) e discussões orais diante do que era exposto na aula. No presente momento os alunos não leram ainda o Livro Portinari Para Crianças, pois só foi possível consegui-lo há poucos dias. Por motivos pessoais da professora a projeção de slides em Data-Show não foi ainda elaborada, no entanto, está previsto para as próximas aulas. Uma vez que a escola não dispõe de laboratório de informática, os slides têm sido um grande aliado integrado à Data-Show, pois este último permite também a projeção de entrevistas adquiridas pela Internet. Como esta escola não possui Internet a professora ou a Coordenadora levam seu pen drive (3G) para concretizar a atividade programada deste Projeto.

5-    ATITUDES
Percebe-se uma atitude acolhedora quanto ao novo, uma ansiedade para as próximas etapas deste projeto. Eles buscam novas informações sobre o tema em Lan House sem que isto seja exigido pela professora. Isto é positivo visto que Cândido Portinari não era do conhecimento deste público infantil, bem como a qualquer vertente da Arte. Dessa forma, o desejo de aprender possibilita a construção de valores estéticos não apenas do artista em pauta, mas de outros e com a predisposição de valorizar outros segmentos da Arte, bem como as suas variações.

6-    RESUTADOS
Até o momento pode-se dizer que este projeto tem atendido todas as expectativas, pois o ponto central dele é o envolvimento dos alunos com o tema e como já foi declarado neste trabalho isto aconteceu, com mudanças significativas de valores e atitudes. Pode-se acrescentar a isto, o apoio de outras colegas de trabalho por darem sugestões apropriadas, como por exemplo, sobre o auto-retrato, o qual foi diferenciado do projeto de Arte anterior. Inclusive a professora regente deste projeto fará uma alteração no projeto com respeito à releitura: irá propor releitura de personagens de Portinari com argila, expressão artística tão bem retratada por Mestre Vitalino. Dessa forma, será fará uma ponte com a Arte Regional.



PROPOSTA DE PROJETO: CÂNDIDO PORTINARI

PROJETO CÂNDIDO PORTINARI


1-    IDENTIFICAÇÃO
ESCOLA MUNICIPAL DOM MIGUEL FENELON CÂMARA
Público alvo: 4º ano B     
Total: 30 alunos

2-    DEFINIÇÃO DO TEMA
Em suas telas são retratadas uma ampla visão com respeito à diversidade cultural e étnica do povo brasileiro, a problemática social, entre outros. Além disso, este artista passou por fases evolutivas, tais como, natureza-morta, paisagem e figura humana durante as décadas 30 a 50 do século passado, trabalhos estes que irão ampliar a compreensão estética dos alunos.

3-    JUSTIFICATIVA
A Arte tem sido trabalhada de forma equivocada nas escolas, não explorando os seus segmentos como pintura, música, dramaturgia, entre outros. Entretanto, a Arte é um campo do conhecimento que eleva a auto-estima, desperta a sensibilidade, aguça o senso crítico diante da realidade, valoriza as diversidades, desenvolve valores éticos, entre outros.

4-    OBJETIVO GERAL
Conhecer a variação estética da obra de Cândido Portinari desenvolvendo um olhar crítico social.

5-    OBJETIVOS ESPECÍFICOS
·        Conhecer a biografia do artista.
·        Desenvolver o senso crítico;
·        Despertar a apreciação para a Arte partindo da pintura para outras vertentes.
·        Entender que cada ser humano tem estilo de expressão artística.
·        Valorizar e respeitar a nossa cultura artística.
·        Possibilitar a comparação do contexto histórico das telas com a realidade social contemporânea
·        Identificar as características das variações estéticas: natureza-morta, paisagem e figura humana.
·        Realizar releituras de algumas obras das três fases do artista (natureza-morta, paisagem e figura humana).
·        Perceber as brincadeiras e brinquedos destacados na pintura do artista com os da atualidade.
·        Classificar os temas propostos nas produções do artista tais como: brincadeiras infantis, paisagens rurais, cenas de retirantes, trabalhadores rurais, retratos, entre outros.
·        Perceber as cores trabalhadas, os temas repetidos e a intencionalidade do artista.
·        Elencar os problemas sociais atuais/antigos e os elementos culturais que são ou não percebidos atualmente.

6-    CONTEÚDOS
Arte, História, Geografia, Língua Portuguesa, Ética, Pluralidade Cultural: documentário, texto informativo, produção individual (registro), discussão oral, debates. Matemática: Análise simétrica, figuras geométricas.

7-    DISCIPLINAS ENVOLVIDAS
·        Arte
·        História
·        Geografia
·        Língua Portuguesa
·        Matemática
·        Ética
·        Pluralidade cultural

8-    METODOLOGIA/CRONOGRAMA
 Os procedimentos pedagógicos utilizados neste trabalho serão: leitura compartilhada, textos informativos, discussão, documentário, slides, telas de Cândido Portinari, produções individuais de releituras de algumas obras, socialização, entre outros. Estes instrumentos serão desenvolvidos em três meses.  
                                      
9-    RECURSOS
·        Telas do artista plástico.
·        Projeção de slides em Data-show.
·        DVD: Documentário- Imaginário Portinari.
·        Textos informativos com o contexto histórico das telas: movimentos estéticos e sociais.
·        Tinta guache, lápis de cor, colagens como recursos para a produção da releitura de telas estudadas.

10-                      REGISTRO DO PROCESSO.
A cada aula com este projeto o aluno fará um registro pessoal (esboço de um relatório). Ao longo do processo a professora fará seu registro destacando pontos positivos e negativos.

11-                      AVALIAÇÃO E RESULTADOS ESPERADOS
A avaliação deste projeto será processual e formativa, tendo como intuito a formação do homem nos aspectos estéticos, crítico-social, éticos, entre outros. Estes elementos serão trabalhados e avaliados de acordo com o envolvimento, interesse em ouvir e ler textos informativos, participação, questionamento, criatividade, assiduidade, a mudança de postura com respeito à ética aos trabalhos desenvolvidos pelos colegas de classe e a elevação da auto-estima por o aluno se ver como sujeito-autor.
12-                       SOCIALIZAÇÃO
Painel com as produções dos alunos. Projeção de slides em Data-Show para a comunidade escolar e familiar.
13-                      REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PROJETO E SUAS CARACTERÍSTICAS: UMA REFLEXÃO

PROJETO E SUAS CARACTERÍSTICAS

QUESTIONAMENTO:
- Todo projeto é interdisciplinar?
- É possível desenvolver um projeto focado em um tema de uma determinada área do conhecimento?

Todo projeto não é interdisciplinar, pois para isto o conhecimento deveria perpassar nas áreas que fossem necessárias para atender a necessidade proposta no projeto. Muitas vezes o que se tem visto nas escolas são disciplinas junta postas onde seus “criadores” planejam que disciplinas serão contempladas. Às vezes escuta-se nas escolas: “Quais as disciplinas que se podem trabalhar neste projeto?” Como resposta começa-se a criar situações pedagógicas para que assim possam-se elencar várias disciplinas. O que acontece desse modo é um “engessamento ou camisa-de-força” no projeto, com diz Maria Elizabete de Almeida.
No caso, as áreas do conhecimento devem atender a solução de certos problemas, responderem a questionamentos, a obtenção de olhar o mesmo objeto de pesquisa de vários ângulos. Pode-se iniciar com um tema em determinada área e buscar elementos que estão implícitos em outras áreas para contextualizar, aprofundar a compreensão do problema e nas alternativas de sua solução. Neste contexto, o pesquisador naturalmente vê o problema e a possível solução em prismas diferentes e não por disciplinas isoladas.
Creio que o entrave na elaboração de um projeto multidisciplinar é a formação do professor, uma vez que historicamente o conhecimento é fragmentado e sem perceber os que elaboraram projetos repetem uma visão do saber que já está cristalizado. No momento, devemos mudar esta postura profissional, a qual já foi comprovada que não mais atende as nossas expectativas e tão pouco de nossos alunos. Isto é, se desejamos possibilitar na sala de aula o desenvolvimento de sujeitos pesquisadores, questionadores, produtores de seu conhecimento para interferir no meio que estão inseridos.

PROJETO TARSILA DO AMARAL: REFLEXÃO SOBRE O TRABALHO DESENVOLVIDO


1-Identificação do local:
Este projeto ocorreu em uma escola da rede municipal Escola de Ensino Fundamental Dom Miguel Fenelon Câmara, em uma turma de 30 alunos, do 4º ano, elaborado e realizado pela professora regente e a colaboração da coordenadora da escola e de ajudas eventuais de alguns profissionais da escola. As áreas de conhecimentos contempladas foram: Arte, História, Arte, História, Geografia, língua Portuguesa, Matemática, Ética e Pluralidade Cultural.

2--      Título do projeto: Tarsila do Amaral

3-      Características do Projeto: Interdisciplinar. Tendo como ponto de partida do campo do conhecimento da Arte, buscou-se um aprofundamento em entre outras áreas do saber, permitindo uma compreensão mais completa sobre o tema proposto.

4-      Descrição geral
Este trabalho foi em continuidade do Projeto de Arte Pintura Abstrata e Pintura Figurativa, uma vez que a professora acompanhou a turma para o ano letivo seguinte. Com intuito de desenvolver o gosto pela Arte, acompanhando o seu processo evolutivo da pintura diante da sociedade, escolheu-se Tarsila do Amaral que bem representa a incisão da cultural européia e valorização da cultura brasileira. Além disso, o destaque que a artista faz o contexto social possibilitando aos alunos o olhar crítico na sociedade tanto nos dias da produção das telas quanto nos dias atuais.
5- Tecnologias utilizadas
·         Livro paradidático “ Encontro com  Tarsila “ de Cecília Aranha e Rosane Acedo.
·         Telas da artista plástica.
·         Projeção de slides.
·         Vídeo: Entrevista com Tarsila do Amaral.
·         Fotos da artista em várias fases de sua vida.
·         Artigos de jornais ou revistas sobre a importância da pintora.
·         Textos informativos com o contexto histórico das telas: movimentos estéticos e sociais.
·         Objetos criados com o tema Tarsila (copos decorativos).
·         Tinta guache, lápis de cor, releitura da tela em monocromia e policromia.

6-      Comentários
O resultado da aplicação do projeto foi bem positivo. Houve uma grande aprendizagem tanto pela professora quanto pelos alunos. Destes últimos, percebeu-se uma mudança de conduta ao respeitar as produções dos colegas, a compreensão das técnicas de pintura aplicadas, bem como a identificação das fases do trabalho da artista, a percepção dos valores culturais e sociais que Tarsila queria demonstrar em seu trabalho artístico. Isto foi bem visível na última projeção de slides quando a professora fez perguntas pertinentes ao projeto desenvolvido como uma revisão (principalmente aos detalhes que Tarsila do Amaral queria destacar), e as respostas foram acima das expectativas. Convém ressaltar que nesta escola não há laboratório de informática, entretanto, os alunos buscaram alternativas de pesquisa na internet, não a pedido da professora, mas por sua curiosidade. Outros traziam folhas de livros didáticos velhos que destacavam uma tela da Tarsila, e ainda outros comentavam uma reportagem ou comercial na TV que abordou algo relacionado ao projeto. Neste contexto, percebeu-se que houve uma aprendizagem significativa e prazerosa e um suporte para outros momentos de aprendizagem quer na escola como fora dela.

PROJETO TARSILA DO AMARAL

ESCOLA MUNICIPAL DOM MIGUEL FENELON CÂMARA                                               
PROJETO TARSILA DO AMARAL
PROFª MARLI
PÚBLICO ALVO: 4º ANO B DO ENSINO FUNDAMENTAL ( 30 ALUNOS)
                      ANO LETIVO -  2010
TEMPO PREVISTO: DOIS MESES A TRÊS MESES.

JUSTIFICATIVA:
A Arte surgiu com a necessidade do homem exprimir seus anseios, angústias, desejos, desafios de seu cotidiano, isto muito bem representado nas pinturas rupestres nas paredes das cavernas encontrados  até mesmo em nossa região Nordeste. Desde então, o homem tem expressado por meio da escultura, música, literatura, dramaturgia, entre outros, em alguns momentos históricos como meio de registrar o presente e fazer o espectador refletir o que acontece no seu meio e daí, transformá-lo. Por outro lado, em outros momentos a Arte tem surgido como um caminho para fruir a sensibilidade, ou seja, despertar sentimentos inerentes ao ser humano, como a alegria, o prazer, a empatia, a serenidade, respeito como o semelhante e o seu meio, entre outros.
Diante deste contexto, surge a necessidade de expor a geração mais nova este valores muitas vezes não divulgados ou vividos no contexto familiar e mídia. Por sua vez, a escola como formadora de valores e opinião propicia situações pedagógicas que contemplem estes elementos morais essenciais ao homem. Tendo todos estes aspectos em mente, este projeto surgiu como continuidade do trabalho pedagógico de Arte do ano letivo anterior realizado com esta turma, onde foram abordados uma visão geral da história da Arte, Pintura Abstrata e Figurativa (produções de telas em guache individuais), texturas, simetria, biografia de Leonardo da Vinci e estudo sobre a obra de Mona Lisa (releitura). Uma vez que estes alunos tem estudado a vertente da Arte, no caso, a pintura, pensou-se na possibilidade de apresentar uma artista brasileira, Tarsila do Amaral, que tão bem retrata os valores e temas sociais de nosso país, os quais continuam atuais. O projeto pretende tornar compreensível aos alunos a herança cultural a partir do estudo das obras de arte da artista plástica, bem como despertar e desenvolver o interesse pela Arte, e consequentemente estabelecer com os alunos um diálogo sobre o material que será apresentado e por fim, desenvolver o senso de observação e o gosto pelas obras de Arte.

O procedimento metodológico deste projeto tem como critérios o avanço da aprendizagem, a partir dos conhecimentos prévios dos alunos, ampliando sua visão de mundo, possibilitando a construção de uma nova postura frente aos novos saberes.

OBJETIVO GERAL:
Valorizar e apreciar a expressão artística a partir das telas de Tarsila do Amaral, desenvolvendo um olhar crítico social.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
  • Conhecer a biografia de Tarsila do Amaral e compreender seu trabalho ao longo de sua vida.
·         Desenvolver o hábito de observação e apreciação, atentando para detalhes como: cor, forma e textura;
·         Interpretar obras de Arte, compreendendo sua função comunicativa;
·         Estabelecer relações entre obras de Arte e a identidade cultural do Brasil;
·         Representar por meio de desenho a releitura de algumas obras da artista;
·         Estimular a criatividade e a imaginação;
  • Perceber por meio de seus auto-retratos a semelhanças e diferenças da artista.
  • Identificar a brasilidade nas telas de Tarsila em suas cores e formas. (fase pau-brasil)
  • Compreender o objetivo da artista a pintar as anomalias em seus quadros (fase Antrofagia).
  • Apontar os aspetos sociais abordados nos traços da artista em suas telas.
·         Identificar os cenários urbanos e rurais, as cidades brasileiras ou estrangeiras abordadas nas produções estudadas.
·          Desenvolver o senso crítico;
·         Despertar o gosto pela leitura, especialmente pela Arte;
·         Valorizar e respeitar a nossa cultura artística.
METODOLOGIA:
Para atingir tais objetivos serão utilizados como instrumentos didáticos: leitura compartilhada, textos informativos, discussão, slides, produções individuais de releituras de algumas obras de Tarsila  do Amaral, socialização, entre outros.

ÁREAS DO CONHECIMENTO:
  • Arte
  • História                                                          
  • Geografia
  • Língua Portuguesa
  • Matemática
  • Ética
  • Pluralidade cultural

AVALIAÇÃO:
A avaliação da aprendizagem será realizada durante todo desenvolvimento deste projeto, onde serão observados nos alunos alguns itens como: envolvimento, interesse dos alunos, participação, questionamento, criatividade, assiduidade, interesse em ouvir e ler textos informativos, a postura construída diante do novo conhecimento e as produções individuais e coletivas.
CULMINÂNCIA:
               A culminância deste projeto ocorrerá pela socialização dos trabalhos individuais para a comunidade escola e família e apresentação do livro coletivo das telas mais apreciadas pelos alunos com suas observações diante da aprendizagem obtida.

ATIVIDADES PROGRAMADAS:

1º DIA:
Apresentação do projeto. Leitura compartilhada do Livro “ Encontro com  Tarsila “ de Cecília Aranha e Rosane Acedo. Interpretação oral. Produção de texto: O que estou aprendendo sobre Tarsila do Amaral? O que achei de interessante? Socialização das produções (leitura compartilhada). Inicio do registro.

2º DIA: Texto informativo. Biografia de Tarsila do Amaral. Conhecer os Auto-retratos de Tarsila do Amaral. Fragmento do poema “Tarsila” de Carlos Drummond de Andrade. Leitura individual. Interpretação oral. O aluno fazer seu auto-retrato. Socialização.

3º DIA: Projeção de slides. Obras da artista. Explorar seus auto-retratos. Contexto Histórico. Registro individual da aprendizagem retida (continuação).  

4º DIA: Projeção de slides. História dos quadros de Tarsila. Destaques de suas fases de trabalho. Continuação do registro.

5º DIA: Estudo do Quadro Abaporu. Contexto histórico. Releitura das suas estampas. Socialização. Registro dos pontos aprendidos ou interessantes para o aluno (continuação).

6º DIA: Identificação dos aspectos sociais. Telas: Operários, A família. Contexto histórico: O que a artista desejava destacar com as expressões, cores, organização dos personagens, etc.? Pesquisa em revistas ou jornais de fotos que retratem semelhanças das atribuídas às telas. Trabalho em grupo. Socialização.

7º DIA: Releitura da tela “A família”. Trabalho individual. Socialização.

8º DIA: Reconhecimento das formas geométricas utilizada pela artista plástica. Tela : EFCB.

9º DIA: Telas: Carnaval em Madureira, Cartão postal. Reconhecimento de características urbanas nacionais e internacional. Releitura de uma das telas. Escolha do aluno.

10º DIA: Telas: Paisagem com touro, O pescador e Manacá. Percepção de paisagem rural. Revisão: o que é monocromia? Releitura de suas estampas da tela Paisagem com touro. Produção individual.

11º DIA: Telas: A negra, Antropofagia e O ovo ou Urutu. Projeção de slides. Compreensão da fase antrofágica de Tarsila.

12º DIA: Tela: O vendedor de frutas. Retomada da visão da artista do cotidiano brasileiro. Releitura. Trabalho individual . Socialização.
14º DIA: Projeção de slides sobre as fases do trabalho da artista. Assistir vídeo com entrevista com Tarsila (velhice).

15º DIA: Trabalho individual. Pintura em guache segundo a escolha do aluno de uma das telas estudadas neste projeto.

16º DIA: Socialização dos trabalhos para a escola e família.


Bibliografia

Aranha, Cecília. Encontro com Tarsila/Aranha, Rosane Acedo; ilustrações Dadi. –Belo Horizonte: Editora Formato Editorial, 2002. (Coleção encontro com a arte brasileira)

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